quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

C. S. Lewis – Amor real

Extraído do livro: Um ano com C. S. Lewis – Ed. Ultimato
Original do livro: Cristianismo Puro e Simples

Alguns escritores usam a palavra caridade para descrever não apenas o amor cristão entre seres humanos, mas também o amor de Deus pelo homem, bem como o amor do homem por Deus. As pessoas muitas vezes ficam preocupadas em relação ao segundo desses dois sentidos, pois somos ordenados a amar a Deus. Elas não conseguem descobrir nenhum sentimento desse tipo em si mesmas. Então o que fazer? A resposta continua a mesma. Aja como se amasse. Não fique aí sentado, tentando fabricar sentimentos artificialmente. Pergunte-se a si mesmo: “Se eu tivesse certeza de que amo a Deus, o que eu faria?” Quando você descobrir a resposta, vá e faça (a coisa certa).
De uma maneira geral, o amor de Deus por nós é um assunto muito mais seguro para se pensar do que o nosso amor por ele. Ninguém é capaz de cultivar sentimentos devotos sempre; e, mesmo se fôssemos capazes disso, é preciso considerar que os sentimentos não são a preocupação principal de Deus. O amor cristão, tanto em relação a Deus quanto em relação ao homem, é uma questão de vontade. Se nós quisermos fazer a vontade dele, teremos que obedecer ao mandamento: “Amarás ao Senhor teu Deus”. Ele nos dará sentimentos de amor se isso for do agrado dele. Nós não somos capazes de criá-los por nós mesmos e não devemos exigi-los por direito. Mas a grande coisa a lembrar é que, embora os nossos sentimentos sejam inconstantes, seu
amor por nós não o é. Ele não está cansado dos nossos pecados ou da nossa indiferença; portanto, ele (o amor de Deus) é bastante rígido na sua determinação de que sejamos curados desses pecados, custe o que custar para nós e para ele.


Nenhum comentário:

Postar um comentário