quinta-feira, 2 de julho de 2015

Mundo interior 204 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 189

9. A Disciplina do Serviço

Havendo dado o exemplo de servo perante eles, ele os chamou para o caminho do serviço. “Ora, se eu, sendo o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (João 13:14,15). De certo modo, preferiríamos ouvir o chamado de Jesus para negar pai e mãe, casas e terra por amor do evangelho, a ouvir sua ordem para lavar pés. A autonegação radical dá uma sensação de aventura. Se abandonarmos tudo, teremos até mesmo a possibilidade de um glorioso martírio. Mas no serviço somos levados para o mundano, para o ordinário, para o trivial.
Na Disciplina do serviço há também grande liberdade. O serviço capacita-nos para dizer “não!” aos artifícios de promoção e autoridade do mundo. Ele acaba com nossa necessidade (e desejo) de uma “ordem de importância”. Esta expressão é muito significativa, muito reveladora. Como nos assemelhamos a galináceos! No galinheiro não há paz até que fique claro quem é o mais importante, o menos importante, e quem fica entre o poleiro de cima e o de baixo. Um grupo de pessoas não é capaz de estar junto por muito tempo até que fique claramente estabelecida a “ordem de importância”. Podemos vê-lo facilmente em situações tais como onde as pessoas se assentam, como caminham em relação uns com os outros, quem sempre cede quando duas pessoas falam ao mesmo tempo, quem fica atrás quando determinado trabalho precisa ser feito e quem se prontifica a fazê-lo. (Dependendo do trabalho, pode ser um símbolo de senhorio ou um símbolo de servidão.) Essas coisas estão estampadas no rosto da sociedade humana.





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