C.S. Lewis – A corda de segurança
Extraído do livro: Um ano com C.S. Lewis – Ed. Ultimato
Original do livro: Peso de Glória
Minha tentação mais recorrente é esta: descer àquele mar (se
não me engano, São João da Cruz designou Deus de mar) e, chegando lá, jamais
mergulhar, nadar ou flutuar, mas só ficar nadando cachorrinho e batendo na
água, com todo o cuidado para não ir muito fundo e ficar perto da corda de
segurança que me conecta com as coisas temporais.
Isso pode parecer muito diferente das tentações que
encontramos no início da vida cristã.
Essa tentação vem mais tarde.
Ela é endereçada àqueles que já admitiram a alegação de que
Deus existe.
Nossa tentação é buscar ansiosamente o mínimo aceitável.
Todos nós temos caras muito honestas, mas somos pagadores de impostos
relutantes.
Fazemos as declarações de maneira honesta, mas temos pavor
do aumento dos impostos. Temos todo o cuidado de não pagar mais do que o
necessário e esperamos
- com todo o fervor – que, depois de pagarmos, ainda reste o
suficiente para sobreviver.
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