Mundo
interior 152 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 137
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE
Nono, recuse tudo quanto
gere a opressão de outros. Talvez ninguém tenha corporificado mais plenamente
este princípio do que John Woolman, o alfaiate quacre do século dezoito. Seu
famoso Diário está cheio de ternas referências a seu desejo de viver sem
oprimir a outros.
“Aqui fui levado a uma contínua e laboriosa investigação para
saber se eu, como indivíduo, evitava todas as coisas que tendiam a fomentar guerras
ou eram com elas relacionadas, fosse neste país ou na África; meu coração
estava profundamente interessado em que no futuro eu pudesse, em todas as
coisas, manter-me constante à pura verdade, e viver e andar na lisura e
simplicidade de um sincero seguidor de Cristo. ... E aqui a luxúria e a cobiça,
com as numerosas opressões e outros males que as acompanham, pareciam-me muito
aflitivas e senti, naquilo que é imutável, que as sementes de grande
calamidade e desolação são semeadas e crescem depressa neste
continente.”
Este é um dos mais difíceis
e sensíveis problemas com que se defrontam os cristãos do século vinte. Em um
mundo de recursos limitados, leva nossa cobiça de riqueza à pobreza de outros?
Deveríamos comprar produtos
fabricados por pessoas que são forçadas a trabalhar em estúpidas linhas de
montagem?
Desfrutaremos de relações
hierárquicas na companhia ou na fábrica que mantêm outras pessoas sob nossas
ordens? Oprimimos nossos filhos ou cônjuge porque certas tarefas estão sob
nosso comando?
Muitas vezes nossa opressão
vem matizada com racismo e sexo. A cor da pele ainda afeta a posição de uma
pessoa na empresa. O sexo de um candidato a emprego ainda afeta o salário.
Possa Deus dar-nos profetas hoje que, à semelhança de John Woolman, nos chamem “do
desejo de riqueza” de sorte que possamos “quebrar o jugo da opressão”.
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