sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Intimidade com o Todo Poderoso – p37

Livro: Intimidade com o Todo Poderoso – p37
Autor: Charles R. Swindoll

A transformação da alma acontece
quando a serenidade toma
o lugar da ansiedade.
Na solitude ocorrem lutas de que ninguém mais fica sabendo. Batalhas
profundas são travadas nos momentos em que se está só, e raramente elas dão
subsídios para sermões ou ilustrações de livros. Deus, que sonda os nossos
mais profundos pensamentos nos períodos em que estamos em solitude, abre os
nossos olhos para coisas que necessitam de atenção.
São nesses momentos que ele nos faz conscientes daquelas coisas que
tentamos esconder dos outros.
Henri Nouwen descreve a solitude com palavras de ordem prática e
penetrantes:
Na solitude eu me liberto de toda a minha armação: nada de
amigos com quem conversar, nenhum telefonema para dar, nenhuma
reunião para ir, nenhuma música para ouvir, nenhum livro para me distrair,
apenas eu nu, vulnerável, fraco, com pecado, sem nada para fazer,
quebrantado com mais nada. E esse nada que eu tenho que me
defrontar na minha solitude, um nada tão aterrorizante que todo o meu ser
deseja correr para junto de meus amigos, para o meu trabalho, para tudo o
que me distrai, para que assim eu venha a esquecer esse meu nada e
passar a crer que eu tenho algum valor. Mas isso não é tudo. Assim que
decido permanecer na minha solitude, idéias confusas, imagens
perturbadoras, incontroláveis fantasias e misteriosas associações de
pensamentos atacam a minha mente tal como macacos atacam uma
bananeira. A raiva e a avareza começam a mostrar as suas caras feias...
A minha tarefa é então perseverar na minha solitude, ficando na
minha célula até que todos os visitantes sedutores se cansem de bater em
minha porta e deixem-me sozinho.
Se a verdade fosse conhecida, a maioria de nós resistiria àquele tipo de
pesquisa de alma, porque ela demonstra ser muito radical, muito severa. Além de
o tempo ser curto, quem é que precisa de toda aquela auto-análise? Mas o show
religioso tem que continuar! Não, ele não tem que continuar. Através da disciplina
da solitude, entramos num acordo com o "show" superficial, e determinamos em
nosso coração que ele vai acabar!



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