segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Eclesiastes



John Stott – Comentário sobre o livro de Eclesiastes
Extraído do livro: A Bíblia toda o ano todo – Ed. Ultimato

“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”

O livro de Eclesiastes é conhecido pelo seu tom pessimista. (…) ele se inicia com as
palavras: “Vaidade de vaidades, tudo é vaidade”. A NVI (Nova Versão Internacional),
no entanto, traduz mais apropriadamente: “Que grande inutilidade! Que grande
inutilidade! Nada faz sentido! (Ec 1: 2).
A referência ao “significado” ou à “falta de sentido” repercute nas pessoas que
estão à procura de um sentido ou propósito para suas vidas. Viktor Frankl, que
quando criança sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz e depois de adulto
foi professor de psiquiatria da Universidade de Viena, afirmou estar convencido de
que o maior anseio dos seres humanos é encontrar um significado para suas vidas. Ele
escreveu: “O empenho por encontrar um significado para a vida é a motivação básica
do homem”.
O livro de Eclesiastes descreve muitas oscilações de humor e de sentimentos mas
enfatiza principalmente a futilidade da vida humana, presa ao tempo e ao espaço,
ignorando ou negando a realidade de Deus. Se a realidade está restrita ao tempo – o
breve espaço de tempo da vida humana, com sua injustiça e sofrimento, e se a vida
começa com o nascimento e termina com morte e dissolução, como a vida dos animais,
então tudo realmente é inútil e “nada faz sentido”.
(...)SOMENTE DEUS PODE DAR SIGNIFICADO À VIDA, porque só Ele pode suprir o que está faltando. Deus adiciona eternidade ao tempo, e transcendência ao espaço. É por isso
que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria”, pois a sabedoria começa com um
humilde reconhecimento da realidade de Deus.

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