terça-feira, 5 de maio de 2015

Prefácio à Carta de São Paulo aos Romanos, por Martinho Lutero p14


No capítulo 3, Paulo atura ambos os públicos e os pecados secretos juntos: um, ele diz, é como o outro, todos são pecadores à vista de Deus. Ao lado, os Judeus tiveram a Palavra de Deus, mesmo que muitos não acreditaram nela. Mas ainda a verdade de Deus e a fé nele não são por essa razão devolvidas sem uso. São Paulo introduz, como de um lado, os dizeres do Salmo 51, em que Deus permanece a verdade em suas palavras. Então ele retorna ao seu tópico e prova baseado na Escritura que eles são todos pecadores e que ninguém se torna justo através das obras da lei mas que Deus entregou a lei somente para que o pecado possa ser percebido.
Após São Paulo ensina o caminho certo para ser virtuoso e ser salvo; ele diz que todos eles são pecadores, incapazes{destituídos} da glória de Deus. Eles devem, entretanto, serem justificados através da fé em Cristo, que tem recebido o mérito para nós através do sangue e tem se tornado a nós uma base de misericórdia [cf. Êxodo 25:17, Levítico 16:14 em diante, e João 2:2] na presença de Deus, o qual nos perdoa todos os nossos pecados anteriores. Fazendo assim, Deus prova que isso é sua justiça sozinha, o qual ele dá através da fé, que nos ajuda, a justiça a qual foi revelada no tempo escolhido através do Evangelho e, previamente a isso, foi testemunhada pela Lei e os Profetas. Por esta razão, a lei é estabelecida pela fé, mas as obras da lei, junto com a glória observada neles, são destruídas pela fé. [Com o termo "espírito", a palavra "lei" parece ser para Lutero, e para São Paulo, dois significados. Algumas vezes parece significar "regulamentos sobre o que deve e o que não deve ser feito", como no terceiro parágrafo deste prefácio; algumas vezes parece significar o "Torah", como na sentença anterior. E algumas vezes parece significar ter ambos os significados, como se segue.]


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