No capítulo 6, São Paulo levanta a obra especial da fé, a luta em que o espírito peleja contra a carne para matar aqueles pecados e desejos que permanecem naquelas pessoas que foram tornadas justas. Ele nos ensina que a fé não nos liberta do pecado a ponto de sermos negligente, preguiçosos e auto confiantes, como se não houvesse mais pecado em nós. O pecado está lá, mas, por causa da fé que luta contra ele, Deus não considera o pecado como merecendo condenação. Por isso nós temos em nosso próprio ser uma vida de obras para nós; nós devemos temer nosso corpo, matar suas luxurias, forçar os seus membros a obedecer ao espírito e não às luxurias. Nós devemos fazer isto de maneira que nós nos conformemos à morte e à ressurreição de Cristo e completar nosso Batismo, o qual significa uma morte para o pecado e uma nova vida de graça. Nosso objetivo é ser completamente limpos do pecado e então ressuscitar corporalmente com Cristo e viver para sempre.
São Paulo diz que nós podemos executar tudo isso porque nós estamos na graça e não na lei. Ele explica que estar "fora da lei" não é o mesmo como não tendo lei e sendo capaz de fazer o que você desejar. Não, estar "debaixo da lei" significa viver sem a graça, rendido pelas obras da lei. Então certamente o pecado reina pelos significados da lei, desde que ninguém é naturalmente bem disposto para a lei. Toda esta condição, entretanto, é o maior dos pecados. Mas a graça torna a lei amável para nós, de maneira que então não há mais pecado, e a lei não é mais contra nós, mas é por nós.
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