quarta-feira, 6 de maio de 2015

Prefácio à Carta de São Paulo aos Romanos, por Martinho Lutero p15


Nos capítulos 1 até 3, São Paulo tem revelado o pecado pelo que é e tem ensinado o caminho da fé o qual conduz à justiça. Agora, no Capítulo 4 ele lida com algumas objeções e críticas. Ele se dedica primeiro àquele que as pessoas levantam que, ouvindo que a fé faz justiça sem obras, diz, "O quê? Não devemos fazer nenhuma boa obra?" Aqui São Paulo levanta Abraão como exemplo, Ele diz, " O que Abraão realiza com suas boas obras? Foram todas elas boas para nada e sem uso?" Ele conclui que Abraão foi feito justo separadamente de todas suas obras através da fé sozinha (cf. Gênesis 15). Agora se a obra de sua circuncisão não fez nada para fazê-lo justo, uma obra que Deus tinha mandado ele fazer e em consequência uma obra de obediência, então certamente nenhuma outra boa obra pode fazer qualquer coisa para fazer uma pessoa justa. Mesmo como a circuncisão de Abraão foi um sinal externo com o qual ele provou sua justiça baseada na fé, assim também todas as boas obras são sinais externos que procedem da fé e são os frutos da fé; eles provam que a pessoa já é internamente justa aos olhos de Deus.


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