7. A DISCIPLINA DA SOLITUDE
Que deveríamos fazer
durante essa época de aflição interior? Primeiro, não leve em consideração o
conselho de amigos bem-intencionados de livrar-se da situação. Eles não
entendem o que está acontecendo. Nossa época é tão ignorante destas coisas que
não lhe recomendo conversar sobre esses assuntos. Acima de tudo, não tente
explicar nem justificar por que você parece estar “aborrecido”.
Deus é seu justificador;
entregue seu caso a ele. Se você pode, realmente, retirar-se para um “lugar
deserto” durante algum tempo, faça-o. Se não, cumpra suas tarefas diárias. Mas,
esteja no “deserto” ou em casa, mantenha no coração um profundo, interior e
atencioso silêncio - e haja silêncio até que a obra da solitude se complete.
Talvez S. João da Cruz
tenha estado a conduzir-nos a águas mais profundas do que cuidássemos ir. Por
certo ele não está falando de um reino que muitos de nós vemos apenas “como em
espelho, obscuramente”. Não obstante, não temos necessidade de censurar-nos por
nossa timidez de escalar esses picos nevados da alma. Esses assuntos são mais
bem tratados com cautela. Mas talvez ele tenha provocado dentro de nós uma
atração por experiências mais elevadas, mais profundas, não importa quão leve o
puxão. É como abrir levemente a porta de nossa vida a este reino. Isto é tudo o
que Deus pede, e tudo de que ele necessita.
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