7. A DISCIPLINA DA SOLITUDE
Um dos frutos do silêncio é
a liberdade de deixar que nossa justificação fique inteiramente com Deus. Não
temos necessidade de corrigir os outros. Há uma história de um monge medieval
que estava sendo injustamente acusado de certos erros. Certo dia ele olhava
pela janela e viu lá fora um cachorro a morder e rasgar um tapete que havia
sido pendurado para secar. Enquanto ele observava, o Senhor falou-lhe, dizendo:
“É isso que estou fazendo com a sua reputação. Mas se você confiar em mim, não
terá necessidade de preocupar-se com as opiniões dos outros.” Talvez, mais do
que qualquer outra coisa, o silêncio leva-nos a crer que Deus pode justificar e
endireitar tudo.
George Fox falava com
freqüência do “espírito de escravidão” (Romanos 8:14), e de como o mundo jaz
nesse espírito. Freqüentemente ele identificava o espírito de escravidão com o
espírito de subserviência a outros seres humanos. Em seu Diário ele falava de
“ajudar as pessoas a escapar dos homens”, afastá-las do espírito de escravidão
à lei mediante outros seres humanos. O silêncio é o principal meio de
conduzir-nos a esse livramento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário