segunda-feira, 1 de junho de 2015

Mundo interior 173 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 158


7. A DISCIPLINA DA SOLITUDE

De quando em quando, dirigindo um carro lotado de crianças e adultos conversadores, eu exclamava: “Vamos brincar de fazer silêncio e ver se ficamos absolutamente calados até chegarmos ao aeroporto” (cerca de cinco minutos adiante). Funcionava. Encontre nova alegria e significado no pequeno trecho que vai do metrô ou do ponto de ônibus até à sua casa. Saia um pouquinho antes de ir deitar-se, e prove da noite silenciosa.
Muitas vezes perdemos esses pequeninos lapsos de tempo. Que pena! Eles podem e deveriam ser redimidos. São momentos para silêncio interior, para reorientar nossas vidas como o ponteiro de uma bússola. São pequenos momentos que nos ajudam a estar genuinamente presentes onde estamos.
Que mais podemos fazer? Podemos encontrar ou criar um “lugar tranqüilo” para silêncio e solitude. Constantemente estão sendo construídas novas casas. Por que não insistir em que um pequeno santuário interior seja incluído nas plantas, um pequeno lugar onde um membro da família possa estar a sós e em silêncio? Que é que nos impede? Construímos esmeradas salas de estar, e achamos que vale a pena a despesa. Se você já possui uma casa, considere murar uma pequena seção da garagem ou pátio. Se mora num apartamento, seja criativo e ache outros meios de permitir-se a solitude. Sei de uma família que tem uma cadeira especial; sempre que uma pessoa se assenta nela, é como estar dizendo:
“Por favor, não me amole; quero estar a sós.”




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