7. A DISCIPLINA DA SOLITUDE
De quando em quando,
dirigindo um carro lotado de crianças e adultos conversadores, eu exclamava:
“Vamos brincar de fazer silêncio e ver se ficamos absolutamente calados até
chegarmos ao aeroporto” (cerca de cinco minutos adiante). Funcionava. Encontre
nova alegria e significado no pequeno trecho que vai do metrô ou do ponto de
ônibus até à sua casa. Saia um pouquinho antes de ir deitar-se, e prove da
noite silenciosa.
Muitas vezes perdemos esses
pequeninos lapsos de tempo. Que pena! Eles podem e deveriam ser redimidos. São
momentos para silêncio interior, para reorientar nossas vidas como o ponteiro
de uma bússola. São pequenos momentos que nos ajudam a estar genuinamente
presentes onde estamos.
Que mais podemos fazer?
Podemos encontrar ou criar um “lugar tranqüilo” para silêncio e solitude.
Constantemente estão sendo construídas novas casas. Por que não insistir em que
um pequeno santuário interior seja incluído nas plantas, um pequeno lugar onde
um membro da família possa estar a sós e em silêncio? Que é que nos impede?
Construímos esmeradas salas de estar, e achamos que vale a pena a despesa. Se
você já possui uma casa, considere murar uma pequena seção da garagem ou pátio.
Se mora num apartamento, seja criativo e ache outros meios de permitir-se a
solitude. Sei de uma família que tem uma cadeira especial; sempre que uma
pessoa se assenta nela, é como estar dizendo:
“Por favor, não me amole;
quero estar a sós.”
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