8. A Disciplina da Submissão
Homens e mulheres dos
nossos tempos acham extremamente difícil ler os grandes mestres devocionais
porque fazem uso tão pródigo da linguagem da autonegação. É-nos difícil
abrir-nos às palavras de Thomas de Kempis: “Não formar opinião de nós mesmos, e
sempre pensar em termos elevados com relação aos outros, é grande sabedoria e
perfeição.” É difícil dar ouvidos às palavras de Jesus: “Se alguém quer vir
após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Marcos 8:34). Tudo
isto porque temos falhado em entender o ensino de Jesus de que o caminho da
auto-realização passa pela autonegação. Salvar a vida é perdê-la; perdê-la por
amor a Cristo é salvá-la (Marcos 8:35). George Matheson introduziu a hinologia
da igreja este maravilhoso paradoxo meditante a autonegação:
“Faze-me um cativo, Senhor,
E livre então serei;
Obriga-me a entregar a espada,
E serei conquistador.
Nos alarmes da vida me afundo
Quando estou só;
Aprisiona-me em teus braços,
E forte minha mão será.”
Talvez o ar tenha sido
suficientemente aclarado de modo que possamos considerar a autonegação como a
libertação que ela realmente é. Devemos convencer-nos disto, porque, como ficou
dito, a autonegação é a pedra de toque da Disciplina da submissão.
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