sábado, 13 de junho de 2015

Mundo interior 185 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 170


8. A Disciplina da Submissão

Autonegação não é a mesma coisa que desdenhar-se. O desdenhar a si mesmo alega que não temos valor, e mesmo que tivéssemos, deveríamos rejeitá-lo. A autonegação declara que somos de valor infinito e ainda nos mostra como percebê-lo. O autodesdém nega a bondade da criação; a autonegação afirma que ela foi realmente boa. Jesus fez da capacidade de amar-nos a nós mesmos o requisito indispensável para alcançarmos os outros (Mateus 22:39). O amor-próprio e a autonegação não estão em conflito. Jesus deixou perfeitamente claro, mais de uma vez, que a autonegação é o único meio seguro de amar-nos a nós mesmos. “Quem acha a sua vida, perdê-la-á” (Mateus 10:39).
Repito, devemos sublinhar para nós mesmos que a autonegação significa a liberdade de submeter-nos a outros. Significa manter os interesses alheios acima do nosso próprio. Desta maneira, a autonegação libera-nos da autopiedade.
Quando vivemos fora da autonegação, exigimos que as coisas andem segundo nosso entender. Quando não andam, voltamo-nos para a autopiedade. “Pobre de mim!” Exteriormente podemos submeter-nos, mas o fazemos num espírito de martírio. O espírito de autopiedade, de martírio, é sinal seguro de que a Disciplina da submissão malogrou. É por isso que a autonegação é a base da Disciplina; ela salva-nos da autopiedade.



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