8. A Disciplina da Submissão
Autonegação não é a mesma
coisa que desdenhar-se. O desdenhar a si mesmo alega que não temos valor, e
mesmo que tivéssemos, deveríamos rejeitá-lo. A autonegação declara que somos de
valor infinito e ainda nos mostra como percebê-lo. O autodesdém nega a bondade
da criação; a autonegação afirma que ela foi realmente boa. Jesus fez da
capacidade de amar-nos a nós mesmos o requisito indispensável para alcançarmos
os outros (Mateus 22:39). O amor-próprio e a autonegação não estão em conflito.
Jesus deixou perfeitamente claro, mais de uma vez, que a autonegação é o único
meio seguro de amar-nos a nós mesmos. “Quem acha a sua vida, perdê-la-á”
(Mateus 10:39).
Repito, devemos sublinhar
para nós mesmos que a autonegação significa a liberdade de submeter-nos a
outros. Significa manter os interesses alheios acima do nosso próprio. Desta
maneira, a autonegação libera-nos da autopiedade.
Quando vivemos fora da
autonegação, exigimos que as coisas andem segundo nosso entender. Quando não
andam, voltamo-nos para a autopiedade. “Pobre de mim!” Exteriormente podemos
submeter-nos, mas o fazemos num espírito de martírio. O espírito de
autopiedade, de martírio, é sinal seguro de que a Disciplina da submissão
malogrou. É por isso que a autonegação é a base da Disciplina; ela salva-nos da
autopiedade.
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