8. A Disciplina da Submissão
Só na submissão é que nos
capacitamos a levar esse espírito a um lugar onde ele não mais nos controle.
Só a submissão pode
livrar-nos suficientemente para capacitar-nos a distinguir os problemas
autênticos e a obstinada vontade-própria.
Se ao menos pudéssemos ver
que a maioria das coisas na vida não são problemas importantes, então
poderíamos dar-lhes pouca importância. Descobrimos que não são grande coisa. Por
isso dizemos com freqüência; “Bem, não me importo”, quando o que realmente
queremos dizer (e o que transmitimos aos outros) é que nos importamos um
bocado. É precisamente aqui que a Disciplina do silêncio se ajusta tão bem a
todas as demais Disciplinas. Em geral, o melhor modo de lidar com a maioria das
questões de submissão é ficar calado. Há necessidade de um espírito de graça
todo-abrangente que ultrapasse qualquer tipo de linguagem ou ação. Quando assim
procedemos, libertamos os outros e a nós também.
O ensino bíblico sobre a
submissão concentra-se, antes de tudo, no espírito com que vemos as outras
pessoas. A Escritura não tenta expor uma série de relacionamentos hierárquicos,
mas comunicar-nos uma atitude interior de mútua subordinação. Pedro, por exemplo,
apelou para os escravos de seu tempo a que vivessem em submissão a seus
senhores (1 Pedro 2:18). O conselho parece desnecessário até percebermos que é
perfeitamente possível obedecer a um senhor sem viver num espírito de submissão
a ele. Exteriormente podemos fazer o que as pessoas pedem e internamente estar
em rebeldia contra elas.
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