terça-feira, 9 de junho de 2015

Mundo interior 181 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 166


8. A Disciplina da Submissão

Só na submissão é que nos capacitamos a levar esse espírito a um lugar onde ele não mais nos controle.
Só a submissão pode livrar-nos suficientemente para capacitar-nos a distinguir os problemas autênticos e a obstinada vontade-própria.
Se ao menos pudéssemos ver que a maioria das coisas na vida não são problemas importantes, então poderíamos dar-lhes pouca importância. Descobrimos que não são grande coisa. Por isso dizemos com freqüência; “Bem, não me importo”, quando o que realmente queremos dizer (e o que transmitimos aos outros) é que nos importamos um bocado. É precisamente aqui que a Disciplina do silêncio se ajusta tão bem a todas as demais Disciplinas. Em geral, o melhor modo de lidar com a maioria das questões de submissão é ficar calado. Há necessidade de um espírito de graça todo-abrangente que ultrapasse qualquer tipo de linguagem ou ação. Quando assim procedemos, libertamos os outros e a nós também.
O ensino bíblico sobre a submissão concentra-se, antes de tudo, no espírito com que vemos as outras pessoas. A Escritura não tenta expor uma série de relacionamentos hierárquicos, mas comunicar-nos uma atitude interior de mútua subordinação. Pedro, por exemplo, apelou para os escravos de seu tempo a que vivessem em submissão a seus senhores (1 Pedro 2:18). O conselho parece desnecessário até percebermos que é perfeitamente possível obedecer a um senhor sem viver num espírito de submissão a ele. Exteriormente podemos fazer o que as pessoas pedem e internamente estar em rebeldia contra elas.



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