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interior 202 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 187
8. A Disciplina da Submissão
As perguntas são legítimas
e merecem uma resposta cuidadosa.
A resposta não é simples,
mas também não é impossível. A
subordinação renovadora nos
mandaria viver em submissão à autoridade humana enquanto esta não se torna
destrutiva. Tanto Pedro com Paulo exigiram obediência ao estado pagão porque
entenderam o grande bem resultante desta instituição humana.
Tenho verificado que as “autoridades”
humanas muitas vezes têm uma grande dose de sabedoria que negligenciamos com
perigo para nós.
A isto eu acrescentaria
outro motivo por que, no meu entender, devemos submeter-nos às pessoas
investidas de autoridade, que não conhecem a autoridade espiritual. Devemos
submeter-nos por delicadeza comum e por compaixão pela pessoa que se encontra
nessa situação difícil. Tenho profunda empatia pelos indivíduos que se
encontram nessa posição, pois eu mesmo já estive aí mais de uma vez. É um
pântano frustrante, quase desesperador, estar numa posição de autoridade e
saber que nossas raízes não têm profundidade suficiente na vida divina para
comandar com autoridade espiritual. Conheço a sensação frenética que faz uma
pessoa empertigar-se e esbaforir-se, e imaginar truques inteligentes para
induzir as pessoas à obediência. Alguns podem achar fácil rir-se dessas pessoas
e desconsiderar sua “autoridade”. Eu não. Choro por elas porque conheço a dor e
o sofrimento interiores que devem ser enfrentados para viver-se em tal
contradição.
Além do mais, podemos orar
por tais pessoas para que sejam cheias de novo poder e autoridade. Podemos,
também, tornar-nos seus amigos e ajudá-las no que estiver ao nosso alcance. Se
vivermos a vida de cruz perante elas, muito em breve podemos descobrir que
estão crescendo em poder espiritual, e nós também.
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