sábado, 31 de janeiro de 2015

Paulo colocou a ganância ao lado do adultério e do roubo

Mundo interior 132 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 117
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE


Jesus referiu-se à questão de economia mais do que a qualquer outro problema social. Se numa sociedade comparativamente simples nosso Senhor dá ênfase tão grande sobre os perigos espirituais da riqueza, quanto mais deveríamos nós que vivemos numa cultura altamente rica levar a sério a questão econômica.
As epístolas referem o mesmo interesse. Paulo disse: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição” (1 Timóteo 6:9).
O bispo não deve ser “avarento” (1 Timóteo 3:3). O diácono não deve ser “cobiçoso de sórdida ganância” (1 Timóteo 3:8). O escritor de Hebreus aconselhou: “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hebreus 13:5).
Tiago lançou a culpa por mortes e guerras sobre a cobiça de bens materiais: “Cobiçais e nada tendes; matais e invejais e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras” (Tiago 4:1-2). Paulo chamou a avareza de idolatria e ordenou à igreja de Corinto que exercesse severa disciplina contra qualquer pessoa culpada de ganância (Efésios 5:5; 1 Coríntios 5:11). Ele colocou a ganância ao lado do adultério e do roubo e declarou que os que vivem nessas coisas não herdarão o reino de Deus.


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Tesouro inextinguível nos céus

Mundo interior 131 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 116
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

Jesus exortou o jovem rico a não ter apenas uma atitude interior de desapego a suas posses, mas literalmente livrar-se delas, se desejasse o reino de Deus (Mateus 19:16-22). Disse Jesus: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lucas 12:15). Aconselhou às pessoas que vinham buscar a Deus: “Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus...” (Lucas 12:16-21). Jesus disse que se realmente desejamos o reino de Deus devemos, como um negociante que procura boas pérolas, tendo achado uma de grande valor, estar dispostos a vender tudo para consegui-la (Mateus 13:45, 46). Ele chamou todos os que quisessem segui-lo para uma vida alegre, despreocupada e isenta de cuidados materiais: “Dá a todo o que te pede; e se alguém levar o que é teu, não entres em demanda” (Lucas 6:30).


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Jesus declarou guerra ao materialismo

Mundo interior 130 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 115
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

Jesus declarou guerra ao materialismo do seu tempo. O termo aramaico para riqueza era “mamom”, e Jesus condenou-a como um deus rival: “Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque, ou há de aborrecer um ou amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Lucas 16:13, Ed. Rev. Corrigida).
Ele falou com freqüência e sem ambigüidade dos problemas econômicos. “Bem-aventurados vós os pobres, porque vosso é o reino de Deus” e “Ai de vós, os ricos! porque tendes a vossa consolação” (Lucas 6:20, 24). Retratou graficamente a dificuldade do rico entrar no reino de Deus como a de um camelo passar pelo fundo de uma agulha. Para Deus, naturalmente, todas as coisas são possíveis, mas Jesus entendeu claramente e dificuldade. Viu as garras que a riqueza pode
colocar sobre uma pessoa. Ele sabia que “onde está o teu tesouro, ai estará também teu coração”, que é precisamente a razão de ele ordenar a seus seguidores. “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra” (Mateus 6:21, 19).


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Se as vossas riquezas prosperam, não ponhais nelas o coração

Mundo interior 129 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 114
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE


Tal ponto de vista radical da economia estampa-se na face de quase toda crença e prática modernas. Se Israel tivesse observado fielmente o jubileu, teria desferido um golpe mortal no perene problema de os ricos se tornarem mais ricos e os pobres se tornarem mais pobres.
A todo instante a Bíblia trata decisivamente do espírito interior de escravidão gerado por um apego idólatra à riqueza. “Se as vossas riquezas prosperam, não ponhais nelas o coração” (Salmo 62:10). O décimo mandamento é contra a cobiça, contra o desejo interior de “ter”, que conduz ao roubo e à opressão. O sábio filósofo entendia que “Quem confia nas suas riquezas cairá” (Provérbios 11:28).


terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A Bíblia e a Simplicidade

Mundo interior 128 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 113
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE


A Bíblia e a Simplicidade
Antes de tentar forjar uma opinião cristã da simplicidade é necessário destruir a noção prevalecente de que a Bíblia é ambígua com relação aos problemas econômicos. Com muita freqüência se pensa que nossa reação à riqueza é um problema individual. Diz-se que o ensino da Bíblia nesta área é estritamente matéria de interpretação pessoal. Procuramos crer que Jesus não se referiu a questões econômicas práticas.

Nenhuma leitura séria das Escrituras pode sustentar tal opinião. As injunções bíblicas contra a exploração do pobre e o acúmulo de riqueza são claras e diretas. A Bíblia desafia quase todos os valores econômicos da sociedade contemporânea. Por exemplo, o Antigo Testamento contesta a noção popular de um direito absoluto à propriedade privada. A terra pertencia a Deus e portanto não podia ser possuída perpetuamente, e no ano do jubileu toda a terra voltava ao seu possuidor original. Em realidade, o propósito do ano do jubileu era prover uma redistribuição regular da riqueza, uma vez que a própria riqueza era considerada como pertencente a Deus e não ao homem.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Corajosamente necessitamos de articular novos e mais humanos modos de viver

Mundo interior 127 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 112
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE


É importante entender que a moderna contracultura mal chega a ser uma melhoria. É uma mudança superficial no estilo de vida que não trata seriamente dos problemas básicos de uma sociedade de consumo. Visto que sempre faltou à contracultura um centro positivo, inevitavelmente ela se degenerou em trivialidade. Art Gish disse:
“Grande parte da contracultura é um reflexo dos piores aspectos da velha sociedade enferma. A revolução não é narcótico livre, sexo livre, abortos a pedido. Isso é ofegar moribundo de uma velha cultura e não conduzirá a uma nova vida.
O erotismo pseudolibertário, os elementos de sadomasoquismo, e os anúncios que apelam para o sexo em grande parte da imprensa clandestina é parte da perversão da antiga ordem e expressão de morte. 
Muitos que se acham na clandestinidade estão vivendo os mesmos valores do establishment, apenas em forma invertida.”
Corajosamente necessitamos de articular novos e mais humanos modos de viver.
Deveríamos fazer objeção à moderna psicose que define as pessoas pelo quanto podem produzir ou pelo que elas ganham. Deveríamos experimentar novas e ousadas alternativas para o presente sistema mortífero. A Disciplina Espiritual da simplicidade não é um sonho perdido mas uma visão recorrente através da história. Ela pode ser recapturada hoje. Deve sê-lo.





domingo, 25 de janeiro de 2015

A conformidade com uma sociedade enferma significa que estamos enfermos

Mundo interior 126 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 111
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE


Já é tempo de despertar-nos para o fato de que a conformidade com uma sociedade enferma significa que estamos enfermos.
Enquanto não virmos o quanto nossa cultura se desequilibrou neste ponto não estaremos em condições de lidar com o espírito de riquezas materiais que há dentro de nós, nem desejaremos a simplicidade cristã.

A psicose permeia até mesmo nossa mitologia.
O herói moderno é o jovem pobre que se torna rico em vez do ideal franciscano ou budista do jovem rico que voluntariamente se torna pobre. (Ainda achamos difícil imaginar que isso também pudesse acontecer a um jovem!).
Cobiça a que chamamos ambição. Tesouro oculto a que chamamos prudência. Ganância a que denominamos diligência.





sábado, 24 de janeiro de 2015

Nossa necessidade de segurança tem-nos induzido a um apego insano às coisas

Mundo interior 125 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 110
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE


Pelo fato de faltar-nos um Centro divino, nossa necessidade de segurança tem-nos induzido a um apego insano às coisas.
Devemos entender com clareza que o ardente desejo de abundância na sociedade contemporânea é de natureza psicótica. É psicótica porque perdeu por completo o contato com a realidade.

Ansiamos possuir coisas de que não necessitamos nem desfrutamos. “Compramos coisas que realmente não desejamos para impressionar pessoas das quais não gostamos.”
Onde a obsolescência planejada desiste, a obsolescência psicológica assume o controle. Somos levados a sentir vergonha de usar roupas ou dirigir carros até que se gastem.
Os veículos de propaganda têm-nos convencido de que andar fora de moda é não andar em dia com a realidade.





sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

um homem pode viver intensamente sem grande quantidade de coisas

Mundo interior 124 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 109
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE


O experimentar a realidade interior liberta-nos exteriormente. O linguajar torna-se veraz e honesto. A cobiça de “status” e posição passou, porque não mais necessitamos deles. Paramos com a extravagância pomposa, não porque não possamos dar-nos a esse luxo, mas por uma questão de princípio.

Nossos bens se tornam disponíveis aos outros. Juntamo-nos à experiência que Richard E. Byrd registrou em seu diário, após meses de solidão no estéril Ártico: “Estou aprendendo... que um homem pode viver intensamente sem grande quantidade de coisas.”

Falta à cultura contemporânea tanto a realidade interior como o estilo de vida de simplicidade exterior.

Internamente o homem moderno está fraturado e fragmentado.
Encontra-se perdido num labirinto de realizações competidoras. Num momento ele toma decisões com base na razão sadia, e no momento seguinte o faz por medo do que os outros venham a pensar dele. Ele não tem unidade ou foco em torno do qual a vida se oriente.



quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Tanto o aspecto interior como o exterior da simplicidade são fundamentais

Mundo interior 123 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 108
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE


A Disciplina cristã da simplicidade é uma realidade interior que resulta num estilo de vida exterior. Tanto o aspecto interior como o exterior da simplicidade são fundamentais.
Enganamo-nos a nós mesmos se cremos que podemos possuir a realidade interior sem que ela tenha um profundo efeito sobre nosso modo de viver. A tentativa de demonstrar um estilo de vida exterior de simplicidade sem a realidade interior conduz ao legalismo fatal.

A simplicidade começa no foco e na unidade interior. Significa viver a partir do que Thomas Kelly chamou de “Centro Divino”.
Kierkegaard captou o núcleo da simplicidade cristã no intenso título de seu livro. Purify of Heart Is Will One Thing (Pureza de Coração é Desejar Uma Só Coisa).




quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE


Mundo interior 122 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 107
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE


“Quando vivemos verdadeiramente na simplicidade interior, toda a nossa aparência é mais franca, mais natural. A verdadeira simplicidade... faz-nos cônscios de certa abertura, moderação, inocência, alegria e serenidade, o que é encantador quando o vemos de perto e continuamente, com olhos puros. Oh, quão amável é esta simplicidade! Quem ma dará? Por ela deixo tudo. Ela é a pérola do Evangelho.” - François Fénelon

Simplicidade é liberdade. Duplicidade é servidão. A simplicidade traz alegria e equilíbrio. A duplicidade traz ansiedade e temor.
O pregador de Eclesiastes observou que “Deus faz o homem reto, e este procura complicações sem conta” (Eclesiastes 7:29).

Visto como muitos de nós experimentamos o livramento que Deus traz mediante a simplicidade, cantamos uma vez mais um antigo hino dos shakers:
“É um dom ser simples,
É um dom ser livre,
É um dom descer aonde devemos estar,
E quando nos virmos num caminho certo,
Viveremos num vale de amor e deleite!
Ao adquirir a real simplicidade,
Não nos envergonhamos de viver e amar,
Voltar e voltar nosso deleite será,
Até que voltando, voltando,
Para o que é certo nos voltamos.”





terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O estudo é digno de nosso mais sério esforço

Mundo interior 121 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 106
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO


Deveríamos ponderar sobre os acontecimentos de nosso tempo - notando primeiro, com espírito de discernimento, o que nossa cultura pensa ser ou não ser um “grande acontecimento”.
Examine os sistemas de valor de uma cultura - não o que as pessoas dizem ser, mas o que realmente são. E um dos mais nítidos meios de ver os valores de nossa cultura é observar os comerciais de televisão.

Por que achamos difícil, em nossa cultura, encontrar tempo para desenvolver relacionamentos? É o individualismo Ocidental valioso ou destruidor?

Que elementos, em nossa cultura, estão alinhados com o evangelho, e quais estão em desacordo?
Uma das mais importantes funções dos profetas cristãos de nossos dias é perceber as conseqüências de várias invenções e de outras forças culturais e formular juízos de valor a respeito delas.

O estudo produz alegria. Como todo novato, acharemos difícil trabalhar no começo. Mas quanto maior nossa proficiência, tanto maior nossa alegria.

O estudo é digno de nosso mais sério esforço.



segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Conhecer as coisas que nos controlam

Mundo interior 120 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 105
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO


Atente bem para os relacionamentos comuns que você encontra durante o dia: em casa, no trabalho, na escola. Note as coisas que controlam as pessoas.
Lembre-se: você não está tentando condenar ou julgar ninguém; você está apenas procurando aprender.

Conforme mencionei acima, nós mesmos deveríamos conhecer as coisas que nos controlam. Observe seus sentimentos interiores e variações de ânimo. Que é que controla seus ânimos? Que é que você pode aprender daí a respeito de si mesmo?

Ao fazer tudo isto, não estamos tentando tomar-nos psicólogos ou sociólogos amadores. Nem estamos obcecados por excessiva introspecção.
Estudamos essas matérias com espírito de humildade e tendo necessidade de uma grande dose de graça.
Desejamos apenas seguir a máxima de Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo.” E mediante o bendito Espírito Santo esperamos que Jesus seja nosso Mestre vivo e sempre presente.




domingo, 18 de janeiro de 2015

Estudo da relação entre os seres humanos

Mundo interior 119 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 104
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO


Há, naturalmente, além da natureza muitos outros “livros” que deveríamos estudar. Se você observar as relações que ocorrem entre os seres humanos, receberá uma educação de nível pós-graduação.

Veja, por exemplo, quanto do que falamos visa a justificar nossas ações.
Achamos quase impossível agir e deixar que o ato fale por si mesmo. Não; devemos explicá-lo, justificá-lo.
Por que sentimos esta compulsão de explicar tudo direitinho?
Por causa do orgulho e do medo. Nossa reputação está em jogo!

Se porém, fizermos de nós mesmos um dos principais assuntos de estudo, aos poucos nos livraremos da arrogância. Seremos incapazes de orar como o fariseu: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens...” (Lucas 18:11).




sábado, 17 de janeiro de 2015

Observação da natureza

Mundo interior 118 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 103
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO


Por isso, o primeiro passo no estudo da natureza é a observação reverente. Uma folha pode falar de ordem e variedade, de complexidade e de simetria.

Evelyn Underhill escreveu:
“Concentre-se, como os exercícios de recordar ensinaram-lhe a fazê-lo.
Depois, com atenção e, não mais disperso entre os pequenos acidentes e interesses de sua vida pessoal, mas equilibrado, ereto, pronto para o trabalho que você demandará desse mister, procure alcançar, por um distinto ato de amor uma das miríades de manifestações da vida que o circunda, as quais, de uma forma costumeira, dificilmente você nota, a menos que aconteça você necessitar delas.

O passo seguinte é fazer-se amigo das flores, das árvores e das pequenas criaturas que rastejam pela terra.
Há, por certo, uma comunicação que ultrapassa as palavras - os animais, até mesmo as plantas, parecem responder à nossa amizade e compaixão.

Se amarmos a criação, aprenderemos com ela.





sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O estudo da natureza

Mundo interior 117 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 102
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO


Martin Buber conta a história do rabino que ia a uma lagoa todos os dias ao amanhecer a fim de aprender “o hino que as rãs entoam em louvor a Deus”.

Começamos o estudo da natureza prestando atenção. Vemos flores ou pássaros.
Observamo-los cuidadosa e reverentemente.
André Gide descreve a ocasião em que, durante uma aula, observou uma mariposa que saía de sua crisálida.
Ele se encheu de maravilha, espanto e alegria em face desta metamorfose, desta ressurreição.
Todo entusiasmado ele mostrou-a ao professor que respondeu com uma nota de desaprovação: “Grande coisa! Não sabia você que a crisálida é o envoltório da borboleta? É perfeitamente natural.”
Desiludido, Gide escreveu: “Sim, de fato, eu conhecia História Natural também, mas não podia ele ver que era maravilhoso?




quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A observação da realidade nas coisas, nos acontecimentos e nas ações

Mundo interior 116 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 101
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO


Estudo de “Livros não Verbais”
Chegamos ao menos reconhecido mas talvez o mais importante campo de estudo: a observação da realidade nas coisas, nos acontecimentos e nas ações. O ponto mais fácil por onde começar é a natureza. Não é difícil ver que a ordem criada tem algo para ensinar-nos.
Isaías diz que “... os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas” (Isaías 55:12). A obra das mãos do Criador pode falar a nós e ensinar-nos, se estivermos dispostos a ouvir.




quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A chave da Disciplina do estudo é ter experiência daquilo que lemos

Mundo interior 115 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 100
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO


Cabe aqui uma palavra de advertência. Não se deixe vencer nem desanimar pela quantia dos livros que não tenha lido. Os que foram arrolados, foram-no com o intuito de dar ânimo ao leitor, demonstrando, também, a excelente quantidade de literatura que temos à nossa disposição para guiar-nos na caminhada espiritual. Muitos outros têm percorrido o mesmo caminho e têm deixado marcos.
Lembre-se de que a chave da Disciplina do estudo não é ler muitos livros, mas ter experiência daquilo que lemos.





terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Estudar livros

Mundo interior 114 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 99
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO


Além de estudar a Bíblia, não se esqueça de estudar alguns dos clássicos experienciais da literatura cristã:
As Confissões de Sto. Agostinho; A Imitação de Cristo, de Thomas de Kempis; A Essência do Cristianismo Autêntico, de C. S. Lewis; Conversas à Mesa, de Martinho Lutero; Instituição da Religião Cristã, de Calvino; Apelo a uma Vida Devota e Santa, de William Law.

De autores de nossa época, leia Testamento de Devoção, por Thomas Kelly;
Custo do Discipulado, por Dietrich Bonhoeffer.

Acréscimo meu:
As prioridades do reino do Senhor Jesus, Pastor Fernando Leite;
Penetrado pela Palavra, John Piper;
Ponha Ordem no seu mundo interior, Gordon Macdonald;
Seu nome é Jesus, Max Lucado;
Uma vida com propósitos, Rick Warren;
A Revolução no Voluntariado, Bill Hybels;
Do Orgulho à Humildade, Stuart Scott.






segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Ler um livro pequeno inteiro todos os dias por um mês

Mundo interior 113 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 98
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO


Outro método de estudar a Bíblia é tomar um livro menor, como Efésios ou 1 João, e lê-lo por inteiro, todos os dias, durante um mês.
Mais do que qualquer outro esforço isolado, isto porá em sua mente a estrutura do livro. Leia-o sem tentar encaixá-lo em categorias estabelecidas.     
Espere ouvir coisas novas em novas formas.
Mantenha um diário de suas descobertas.
No desenrolar desses estudos, obviamente você desejará fazer uso dos melhores auxílios disponíveis.





domingo, 11 de janeiro de 2015

Ler grandes porções da bíblia

Mundo interior 112 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 97
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO


Que deve você estudar? Isso depende de sua necessidade. 
Uma das grandes necessidades dos cristãos hoje é simplesmente da leitura de grandes porções da Bíblia.
Grande parte de nossa leitura bíblica é fragmentada e esporádica.
Considere pegar um grande livro da Bíblia e lê-lo do começo ao fim.
Observe a estrutura e o desenvolvimento do livro. Note áreas de dificuldades e volte a elas mais tarde. Anote os pensamentos e as impressões. Às vezes é bom combinar o estudo da Bíblia com o estudo de algum grande clássico devocional.
Essas experiências de retiro podem transformar sua vida.




sábado, 10 de janeiro de 2015

Ter um tempo fora de casa para estudar

Mundo interior 111 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 96
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO


O melhor lugar é o que estiver longe de casa. Deixar a casa não só nos liberta do telefone e das responsabilidades domésticas, mas também dispõe nossa mente para uma atitude de estudo. 
Alguns locais como hotéis, chalés, cabanas, funcionam bem. 
Acampar é menos desejável visto que a gente se distrai com outras atividades.

Retiros de grupos quase nunca levam o estudo a sério, por isso você precisará, certamente, de organizar seu próprio retiro. Uma vez que você está sozinho, terá de disciplinar a si mesmo e a seu tempo com cuidado. Se você é novo no assunto, não vai querer exagerar e dessa forma esgotar-se. Com experiência, porém, você pode esperar realizar umas dez a doze horas de bom estudo cada dia.





sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Separar o fim de semana ou o domingo para estudar

Mundo interior 110 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 95
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO


A Bíblia diz que após a maravilhosa ressurreição de Dorcas, Pedro “ficou em Jope muitos dias em casa de um curtidor, chamado Simão” (Atos 9:43). Foi durante essa estada em Jope que o Espírito Santo levou Pedro a compreender (com auxílios visuais, é claro) seu racismo.
O que teria acontecido se Pedro, em vez de permanecer aí, tivesse partido para vários lugares a fim de falar sobre a ressurreição de Dorcas? É possível que ele não tivesse compreendido aquela visão esmagadora recebida do Espírito Santo, “Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável” (Atos 10:34, 35)? Ninguém sabe. Mas isto sei: Deus tem para nós vários lugares de “estada” onde ele possa ensinar-nos de um modo especial.
Para muitos, um fim de semana é uma boa oportunidade para tal experiência.
Outros podem arranjar algum tempo no meio da semana. Se apenas um dia for possível, com freqüência o domingo é excelente.



quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Separar tempo para o estudo

Mundo interior 109 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 94
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO


Com relação à Escola Dominical, algumas igrejas creem suficientemente no estudo a ponto de oferecer cursos sérios sobre a Bíblia.

Talvez você more nas proximidades de um seminário ou de uma universidade onde pode freqüentar cursos como ouvinte. Neste caso, você é feliz, especialmente se encontrar um professor que distribua vida bem como informações.
Se, porém, esse não for o caso (e mesmo que o seja), você pode tomar algumas providências para começar o estudo da Bíblia.

Algumas de minhas mais proveitosas experiências de estudo vieram
mediante a estruturação de um retiro privado para mim mesmo. Em geral isto leva de dois a três dias. Sem dúvida você objetará que devido ao seu horário, não lhe é possível encontrar o tempo necessário.

Sei que não é mais fácil conseguir esse tempo. Eu luto e esforço-me por conseguir cada retiro, programando-o em minha agenda com muitas semanas de antecedência.
Tenho sugerido esta idéia a grupos, e tenho verificado que pessoas com horários sobrecarregados podem, com efeito, encontrar tempo para um retiro de estudo privado.
Descobri que o pior problema não é encontrar tempo mas convencer-me de que é muito importante encontrar tempo.



quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

2015

Eis que diante de mim se coloca uma página em branco indicando que o futuro é a gente que faz através de nossas decisões boas e ruins...

Não é errado ter metas para o novo ano, porque a esperança de melhorar nunca deve morrer, mas sem a consciência de que as mudanças devem começar em mim, pouco ou nada vai mudar...
As melhoras só começarão a acontecer quando começamos em nós...

Que a partir do ano de 2015 possamos ser mais amáveis, mais servil e mais próximos d’Aquele que é capaz de mudar nossa vida e a tirar o foco no ‘eu’.

Feliz Ano Novo cheio de novidades boas provenientes da colheita de tudo de bom que semearemos pelo caminho...

E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos...

Então façamos o bem a todos...


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Diferença entre o estudo bíblico e a leitura devocional da Bíblia.

Mundo interior 108 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 93
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO


Devemos entender, porém, que existe uma vasta diferença entre o estudo bíblico e a leitura devocional da Bíblia.

No estudo bíblico dá-se alta prioridade à interpretação: o que significa.
Na leitura devocional, dá-se alta prioridade à aplicação: o que significa para mim.

No estudo, não buscamos êxtase espiritual; com efeito, o êxtase pode ser um obstáculo.
Quando estudamos um livro da Bíblia, buscamos ser controlados pela intenção do autor.
Resolvemos ouvir o que ele diz, e não o que gostaríamos que ele dissesse. Estamos dispostos a pagar o preço de um dia estéril após outro, até que o significado nos seja claro.
Este processo revoluciona-nos a vida.

O apóstolo Pedro encontrou algumas coisas nas epístolas de “nosso amado irmão Paulo” que eram “difíceis de entender” (2 Pedro 3:15,16).
Se Pedro pensou assim, nós também pensaremos. Necessitamos de trabalhar no assunto. A leitura devocional diária é, certamente, recomendável, porém ela não é estudo.
Quem estiver buscando “uma palavrinha do Senhor para hoje” não está interessado na Disciplina do estudo.



segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Estudar a Bíblia

Mundo interior 107 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 92
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO


O primeiro e mais importante livro que devemos estudar é a Bíblia. O salmista perguntou: “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho?” E ele respondeu à sua própria pergunta: “Observando-o segundo a tua palavra”, e acrescentou: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar, contra ti” (Salmo 111:9, 11).

Provavelmente a “palavra” a que o salmista se refere seja a Torá. Os cristãos, através dos séculos, têm confirmado esta verdade em seu estudo das Escrituras.
“Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3:16, 17).
Observe que o propósito central não é pureza doutrinária (embora esta, sem dúvida, esteja envolvida) mas a transformação interior.
Quando vamos à Escritura vamos para ser transformados, não para acumular informações.
Devemos entender, porém, que existe uma vasta diferença entre o estudo bíblico e a leitura devocional da Bíblia.


domingo, 4 de janeiro de 2015

Experiência, outros livros e discussão

Mundo interior 106 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 91
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO
Experiência, outros livros e discussão

Para ler com êxito, precisamos dos auxílios extrínsecos da experiência, de outros livros e da discussão ao vivo.
A experiência é o único meio de podermos interpretar o que lemos e de relacionar-nos com o que lemos.
A experiência que foi entendida e foi alvo de nossa reflexão, informa e ilumina nosso estudo.

No que se refere a livros, podemos incluir dicionários, comentários e outra literatura interpretativa, porém mais significativos são os livros que precedem ou favorecem o problema que está sendo estudado.
É frequente que os livros tenham significado somente quando lidos em relação com outros livros.
Por exemplo, as pessoas acharão quase impossível entender Romanos ou Hebreus sem base na literatura do Antigo Testamento. Os grandes livros que se dedicam aos problemas principais da vida interagem entre si. Não podem ser lidos isoladamente.

A discussão ao vivo refere-se à interação comum que ocorre entre os seres humanos à medida que perseguem um determinado curso de estudo. Interagimos com o autor, interagimos uns com os outros, e assim nascem novas ideias criativas.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Ler, interpretar e avaliar

Mundo interior 105 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 90
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO
Ler, interpretar e avaliar


Três regras intrínsecas e três extrínsecas comandam o estudo bem-sucedido de um livro.
As regras intrínsecas podem, no começo, necessitar de três leituras separadas, mas com o tempo elas podem ser feitas simultaneamente.
A primeira leitura envolve entender o livro: o que é que o autor está dizendo? A segunda leitura envolve interpretar o livro: o que é que o autor quer dizer? A terceira leitura envolve avaliar o livro: está o autor certo ou errado?

A tendência de muitos de nós é no sentido de fazer a terceira leitura e frequentemente nunca fazer a primeira e a segunda.
Fazemos uma análise crítica de um livro antes de entendermos o que ele diz. Julgamos um livro certo ou errado antes de interpretarmos seu significado.
O sábio escritor de Eclesiastes disse que há tempo para cada coisa debaixo do céu, e o tempo para a análise crítica de um livro vem depois de cuidadoso entendimento e interpretação.

Todavia, as regras intrínsecas de estudo são, em si mesmas, insuficientes. Para ler com êxito, precisamos dos auxílios extrínsecos da experiência, de outros livros e da discussão ao vivo.


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Estudo de Livros

Mundo interior 104 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 89
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO


Estudo de Livros
Quando consideramos o estudo é muito natural pensarmos em livros ou outros escritos. Embora constituam apenas metade do campo, conforme afirmei anteriormente, e a metade mais óbvia, eles são muito importantes.

Infelizmente, muitos parecem pensar que estudar um livro é tarefa simples. Não há dúvida de que a atitude petulante explica o motivo dos pobres hábitos de leitura.
O estudo de um livro é matéria complexa.
Quando se aprende uma matéria nova, parece haver mil detalhes a serem dominados. Contudo, uma vez que se adquire proficiência, a mecânica torna-se uma segunda natureza.

O estudo é uma arte exigentíssima que envolve um labirinto de pormenores. O principal obstáculo é convencer as pessoas de que elas devem aprender a estudar e não apenas as palavras.

Essa limitada compreensão da natureza do estudo explica por que tantas pessoas beneficiam-se tão pouco da leitura de livros.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Não confunda o acúmulo de informações com conhecimento

Mundo interior 103 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 88
5. A DISCIPLINA DO ESTUDO
Repetição, concentração, compreensão e reflexão

     
Todos nós conhecemos indivíduos que seguiram algum curso de estudo ou alcançaram algum grau acadêmico, que alardeiam seus conhecimentos de modo ofensivo. Estas pessoas não entendem a Disciplina Espiritual do estudo.
Confundiram o acúmulo de informações com conhecimento. Equiparam verborragia com sabedoria. Que tragédia! O apóstolo João definiu vida eterna como o conhecimento de Deus. “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3).

Mesmo um toque deste conhecimento experimental é suficiente para dar-nos um profundo senso de humildade.
Pois bem, havendo lançado a base, passemos a considerar a realização prática da Disciplina do estudo.