terça-feira, 31 de julho de 2012

C.S. Lewis – Democracia, Igualdade e Teologia


Extraído do livro: O peso de glória – Ed. Vida

Agora preciso dizer algo que talvez lhes pareça um paradoxo. Vocês sempre ouviram que, apesar de ocuparmos posições diferentes e termos condições diferentes no mundo, somos iguais aos olhos de Deus.

Naturalmente, isso é verdade em alguns sentidos.

Deus não faz acepção de pessoas. Seu amor por nós não é medido pela nossa posição social nem pelos nossos talentos intelectuais. Acredito, porém, que existe um sentido em que essa máxima é o oposto da verdade. Arrisco-me a dizer que é necessário igualdade artificial na vida civil, no Estado, mas que na Igreja nos despimos do disfarce, recuperamos nossas verdadeiras desigualdades e somos por isso renovados e aguçados.

Acredito na igualdade política. Entretanto, existem dois motivos opostos para ser democrata.

Pode-se pensar que todos os homens são   tão bons que merecem um quinhão no governo da Commonwealth, e tão sábios que a Commonwealth precisa do conselho deles. Essa é, em minha opinião, a doutrina romântica e falsa da democracia.

Por outro lado, pode-se acreditar que homens decaídos sejam tão perversos que a nenhum deles se deve confiar irresponsável poder sobre os demais.

Acredito que essa seja a verdadeira base da democracia. Não acredito que Deus tenha criado um mundo igualitário. Acredito que a autoridade dos pais sobre os filhos, do marido sobre a mulher, dos instruídos sobre os simples fazia parte do plano divino original, da mesma forma que a autoridade do homem sobre os animais. […]

Uma vez porém, que conhecemos o pecado, descobrimos, como diz Lorde Acton, que “todo poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente”.

O único remédio foi retirar os poderes e pôr no lugar uma ficção de igualdade. A autoridade do pai e  do marido foi corretamente abolida no plano jurídico, não porque essa autoridade em si seja ruim (pelo contrário, ela é, considero, de origem divina), mas porque os pais e os maridos são maus.

A teocracia foi corretamente abolida, não porque é ruim que os sacerdotes instruídos governem os leigos ignorantes, mas porque os sacerdotes são homens perversos como todos os outros. […]

Para mim, a igualdade está na mesma condição das roupas. São a consequência da Queda e o remédio para ela.[...]

Qualquer tentativa de refazer os passos pelos quais chegamos ao igualitarismo e de reintroduzir as antigas autoridades no nível político é para mim tão tola quanto seria abolir as roupas.

Os nazistas e os nudistas cometem o mesmo erro. É o corpo nu, ainda sob as roupas de cada um nós, que de fato vive. Nosso verdadeiro interesse é o mundo hierárquico, ainda vivo e escondido (muito pertinentemente) por trás de uma fachada de cidadania igualitária.

Não me entendam mal. Não estou nem um pouco diminuindo o valor dessa ficção igualitária, que é nossa única defesa contra a crueldade uns dos outros. [...]

A função da igualdade, entretanto é puramente protetora. É um remédio, não o alimento. Tratando as pessoas humanas (em sensato desafio aos fatos observados) como se elas fossem todas do mesmo tipo, evitamos inúmeros males.

No entanto, não é para viver nesse sistema que fomos criados. É desnecessário dizer que os homens têm igual valor. [...]

O valor infinito de cada alma humana não é uma doutrina cristã. Deus não morreu pelo homem por causa de algum valor que tenha visto nele. O valor de cada alma humana em si somente, fora da relação com Deus, é zero.

Como escreve o apóstolo Paulo, ter morrido por homens de valor não teria sido divino, mas tão somente heróico; mas Deus morreu por pecadores.

Ele nos amou não porque somos amáveis, mas porque Ele é Amor.

Pode ser que Ele ame todos igualmente – sem dúvida Ele amou todos a ponto de morrer (…).

Se existe igualdade, ela está no amor d’Ele, não em nós.


segunda-feira, 30 de julho de 2012

C.S. Lewis – Conciliando o sofrimento humano com um Deus amoroso


Extraído do livro: Um ano com C. S. Lewis – Ed. Ultimato
Original do livro: O problema do sofrimento

O problema de conciliar o sofrimento humano com a existência de um Deus amoroso é insolúvel se dermos um sentido trivial à palavra “amor” e colocarmos o homem no centro de tudo. Deus não existe por causa do homem. O homem não existe por si mesmo:

“Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas” Ap. 4:11.

Não fomos feitos, em primeira instância, para amar a Deus (embora tenhamos sido feitos para isso também), e sim, para que Deus pudesse nos amar e para que pudéssemos nos tornar objetos do amor divino, sendo capazes de “agradá-lo muito bem”.

Pedir que o amor de Deus se contente conosco seria o mesmo que pedir que Ele deixasse de ser Deus: porque Ele é o que é.

A natureza das coisas diz que o seu amor deveria mesmo ser impelido e repelido por certas máculas que carregamos no nosso caráter atual. Considerando que Deus já nos ama, é preciso que Ele trabalhe para nos tornar dignos do seu amor. Não seria de se esperar, nem nos melhores momentos da nossa vida, que Deus fosse capaz de nos reconciliar com as nossas mazelas atuais

– isso seria tão difícil quanto a mendiga esperar que o rei Cophetua se conformasse com os trapos e a sujeira dela. Ou então, que um cachorro, que tivesse aprendido a amar o homem, esperasse que este fosse tão bom a ponto de tolerar que uma criatura selvagem e cheia de vermes entrasse em sua casa.

O que nós chamamos de “felicidade” não é o fim principal que Deus tem em vista; mas quando formos pessoas do tipo que Ele ame sem impedimento, nós deveremos ficar felizes de fato.




domingo, 29 de julho de 2012

Resolvi amar...


Então uma pequena garota resolveu amar e buscar o que o amor
pudesse lhe proporcionar e orou a Deus sobre isso.
E disse: Quero amar e ser amada. E orou a Deus sobre isso.

Um dia ela encontrou seu amor e juntos começaram a aprender a amar, e
juntos oraram a Deus sobre isso.

Um dia esta jovem disse a seus colegas, quando arguida sobre os propósitos de sua vida ela disse: Quero me casar!
Aquela frase naquele lugar e momento parecera totalmente estranha e
fora de contexto e até foi motivo de risos. Mas ela continuou a querer
amar e a falar com Deus sobre isso.

E ficaram noivos, continuando os estudos, trabalhando, vivendo os dias
e construindo suas vidas e continuaram a falar com Deus sobre isso.

Queriam muito amar, queriam muito viver em família, cultivar o que
esta plataforma pode dar como suporte para a vida e continuaram a
querer amar e a falar com Deus sobre isso.

Queriam continuar a viver baseados em um fundamento sólido de onde se
iniciam e se constroem estruturas do ser para a existência tanto no presente quanto para o futuro. Então querem ter uma família e continuaram a falar com Deus sobre isso.

Amigos,
Os dias estão sendo vividos de tal forma que esta visão de vida parece estranha para uma grande parte das pessoas.

Muitos filhos estão sofrendo adversidades tremendas, estão ficando muito tristes muito antes do tempo, estão deixando de ser filhos e, muito antes do tempo, perdendo os contatos imprescindíveis para a estruturação do seu ser: seu pai e sua mãe.

Muitos pais já estão sofrendo as trágicas consequências e tristes agruras sobre seus filhos.
Os filhos estão crescendo aprendendo a buscar ideais de trabalho, conquistas, vitórias, mas não conseguem ter relacionamentos estáveis.


Sua caminhada na vida é cheia de conexões, mas desde que atendam ao
quesito de servir ao indivíduo, enquanto faz bem a si mesmo, enquanto
tão somente lhe serve...

Os interesses se sedimentam em si mesmos e tão logo tais interesses sejam negados, os relacionamentos se desfazem.

Pais entregam a formação do caráter e educação de seus filhos para os berçários, escolinhas, grandes e famosas escolas, professores, monitores, babás, instituições religiosas, igrejas, escolas técnicas, faculdades...

E fogem da sua responsabilidade.




sábado, 28 de julho de 2012

C.S. Lewis – Sem exceções


Extraído do livro: Um ano com C. S. Lewis – Ed. Ultimato
Original do livro: Peso de Glória

No que diz respeito aos meus próprios pecados, é bastante segura   (ainda que incerta) a aposta de que minhas desculpas não são tão boas quanto eu imagino; no que diz respeito aos pecados dos outros contra  mim,  é seguro (ainda que incerto) apostar que  suas desculpas  são melhores do que eu imagino. Por isso temos de começar por prestar atenção a tudo que possa mostrar que o outro não merece tanta censura  quanto nós   achávamos. Mas mesmo  se ele se mostrar absolutamente

culpado, continuamos tendo de perdoá-lo;  e ainda que noventa e nove  por  cento  da  sua  culpa aparente  possa  ser  explicada   por  desculpas realmente convincentes, o problema do perdão começa com aquele um por cento de culpa que ainda resta.

Desculpar o que pode realmente ter uma boa desculpa não é caridade cristã,é apenas justiça.

Ser cristão significa perdoar o indesculpável, porque Deus perdoou o indesculpável em você. Isso é duro. Talvez não seja tão duro quanto perdoar uma única, porém, grande injúria. Mas como seríamos capazes de perdoar as persistentes provocações do cotidiano (persistir em perdoar a sogra mandona, o marido tirano, a esposa implicante, a filha egoísta, o filho salafrário)? Só mesmo, acredito eu, colocando-nos no nosso lugar, dizendo sinceramente o conteúdo das nossas orações noturnas: “Perdoa os nossos pecados, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”.
O perdão não nos é oferecido em nenhum outro termo. Recusá-lo significa recusar a graça de Deus para nós mesmos. Não há indícios de exceções, e Deus sabe bem do que está falando.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Na Roma Antiga viviam dois irmãos



Diferentes, no gênio e na maneira de ser, um era soldado, o outro era poeta.

O poeta compunha lindos versos que toda a cidade repetia. Era admirado por patrícios e plebeus, até César já o convidara para recitar suas poesias durante festins no palácio real.

O irmão soldado já participara de algumas guerras e no momento estava na cidade, na casa dos pais.
 
O pai daqueles jovens, um homem vivido, não podia deixar de notar quão diferentes eram seus filhos. Às vezes comentava com a esposa ou com os amigos:
 
- Vejam, meu filho mais velho, o soldado, desde pequeno mostrou ser um menino tranqüilo, equilibrado, cumpridor de suas obrigações. 

Transformou-se num jovem ajuizado, correto, trabalhador. Hoje, pertencendo  ao exército romano, tem sido elogiado por sua disciplina, lealdade e senso de justiça.
 
- Já o meu filho mais novo, o poeta, não que seja um mau rapaz, mas sempre foi rebelde, indisciplinado, irresponsável. No entanto, escreve versos lindos e todos o admiram. Sua poesia é bonita, mas inteiramente desprovida de conteúdo. Apesar disto todos repetem seus versos e acredito que mesmo daqui a muitos anos suas palavras serão lembradas.


- Das palavras ditas por meu filho soldado ninguém se lembrará. E nelas só existe sensatez e bondade... Como o mundo dá pouco valor ao que realmente é importante!

O tempo passou! O poeta continuou fazendo versos lindos e o povo continuou a repeti-los.

O irmão soldado, por reconhecimento das qualidades pessoais galgou o posto de centurião, e como tal foi enviado a uma das províncias romanas, a Judéia.

Lá se tornou respeitado por jamais abusar da posição de romano dominador.

Tratava as pessoas com atenção, justiça e misericórdia. Por ocupar um cargo de destaque, morava numa bela casa, cuidada por muitos serviçais. Todos o tinham como amigo. Um dos servos, entretanto, por haver entre eles muitas afinidades e por ser mais antigo no serviço, era-lhe particularmente caro.

 Um dia este servo adoeceu. Preocupado, o centurião mandou chamar, sem obter resultados, os melhores médicos da cidade. A doença progredia e o centurião temia perder seu servo e amigo. Já não sabia o que fazer.

Ouviu falar que naquelas redondezas perambulava um homem que já havia curado muitas pessoas. Cegos enxergavam, paralíticos andavam ao toque de suas mãos. Não teve dúvidas, aquele homem poderia curar o seu servo.

Foi até ele e pediu-lhe a graça. O homem prontificou-se a ir até sua casa e visitar o enfermo.

Diante de tão carismática criatura o centurião sentiu-se humilde e insignificante.
 
Replicou:

- Mas senhor, eu não sou digno de que entreis na minha morada, mas dizei uma só palavra e meu servo será curado.

 Algum tempo passou. O irmão poeta envelheceu e morreu. Dois anos após sua morte ninguém lembrava mais de seus versos. Poetas mais novos, modernos, usando estilos diferentes conquistaram a preferência das pessoas.

Mais tempo passou. Décadas, séculos, milênios... e as palavras do irmão soldado vêm sendo repetidas em muitos momentos, lugares e diferentes idiomas.


quinta-feira, 26 de julho de 2012

C.S. Lewis – O testemunho apostólico



Extraído do livro: Um ano com C.S. Lewis – Ed. Ultimato
Original do livro: Milagres


Nos primeiros dias do Cristianismo, um “apóstolo” era, antes e acima de tudo, alguém que afirmava ser uma testemunha ocular da ressurreição. Poucos dias depois da crucificação, quando dois candidatos foram indicados para a vaga criada pela traição de Judas, a qualificação exigida era ter conhecido Jesus pessoalmente antes e depois de sua morte, e ser capaz de oferecer evidências “de primeira mão” da ressurreição ao comunicar o evangelho a outros (At 1:22). Alguns dias depois, Pedro, pregando o seu primeiro sermão cristão, afirma o mesmo: “A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas” (At 2:32). Na primeira carta aos Coríntios, Paulo baseia a sua reivindicação ao apostolado sobre a mesma base: “Porventura, não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor?” 1Co 9:1.

Como essa auto-explicação sugere, pregar o Cristianismo significava primeiramente pregar a ressurreição. […] Este é o tema central  em todos os sermões cristãos relatados no livro de Atos. A ressurreição e suas consequências eram o “evangelho”, ou as boas novas, que os cristãos comunicavam. O que chamamos de “evangelhos”, as narrativas da vida e morte do nosso Senhor, foram escritas mais tarde para o benefício daqueles que já tinham aceitado o “evangelho”. Eles não eram a base do Cristianismo; foram escritos para  os que já eram convertidos. O milagre da ressurreição e a sua teologia vêm primeiro; a biografia vem depois, como um comentário sobre a própria ressurreição. O primeiro fato na história do Cristianismo é um grupo de pessoas que insiste em dizer que viram a ressurreição. Se elas tivessem morrido sem fazer com que os outros acreditassem nesse “evangelho”, nenhum dos dos evangelhos jamais teria sido escrito.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

A teimosia de Deus


Para que servem as lágrimas? Certamente que elas não caem em vão!

Serão sempre sementes de vida.

Elas não só molham o rosto, mas também nutrem a alma.

Chorar é estar vivo.

É expressão de sentimento, e não atestado de fraqueza.

Só os vivos lamentam, caem, levantam-se e andam de novo.  

Os mortos não choram.

Sendo assim, acredito que Deus, às vezes, permite-nos as lágrimas para nos lembrarmos de que ainda estamos vivos.

Ao vivenciarem situações amargas, tais como um luto inesperado, a ruptura de um relacionamento, decepções amorosas, perdas materiais significativas e muitas outras experiências adversas, algumas pessoas são tomadas e dominadas por uma sensação de vazio, de perda de sentido.

Não raro, são vencidas pela desmotivação generalizada.

Nem mesmo a dimensão da fé lhes é poupada da experiência do fracasso.

Imaginam-se abandonadas por Deus e perdem o estímulo para crer.

Silenciam a voz do louvor e desviam os olhos do céu, como quem não tem mais esperança alguma.

É bem verdade que o sofrimento intenso deixa marcas profundas em nós. Corpo, alma e espírito são atingidos.

Um sentimento de abandono e uma sensação de fracasso e inutilidade invadem o coração.

A alma fica ao relento.

Por causa da vida marcada por dissabores, em algumas pessoas, as lágrimas tendem a apagar as marcas da fé, sobretudo naquelas em que a fé não é fruto de uma experiência com Deus, mas de uma tradição religiosa, uma espécie de herança cultural, familiar.



Incredulidade e o fracasso andam sempre juntos. Todavia, a fé insiste em permanecer viva para fazer diferença.

É aquela voz, muitas vezes abafada pelo silêncio da perplexidade e do medo, que grita dentro de nós, despertando a alma para sonhar outra vez.

A fé sempre emerge, sobrevivente, dentre os escombros do coração.

É uma voz inquietante que não se deixa silenciar. É o barulho de Deus no coração da gente, fazendo-nos ouvir os sons da esperança.



O Senhor não desiste de nós. Logo, não faz qualquer sentido deixar-se dominar pela tristeza, pela solidão, pela apatia e pelo desejo de não viver. O descaso com a vida é uma forma disfarçada e lenta de suicídio.

Só os fracos desejam morrer, são ávidos em desistir. Onde, então, buscar forças necessárias para a superação da dor e para a restauração dos sonhos? Somente em Deus! Ele é a grande fonte de nossa vitória. O Senhor não desiste de nós!

Quem redescobre o caminho da fé, pega carona nas asas da esperança. Como águia, voa sobre os montes, sobrevoa todas as barreiras da vida. Passa a conhecer novas estradas, pavimentadas de luz e adornadas pelas cores da alegria, do louvor e da esperança.

Anda segurando na mão de Deus. Sabe que é um vencedor.

terça-feira, 24 de julho de 2012

C.S Lewis – Palavras delicadas


Extraído do livro: Um ano com C.S. Lewis – Ed. Ultimato
Original do livro: O Problema do sofrimento


É bem aqui, onde a providência divina parece à primeira vista ser mais cruel, que a
humildade divina, o rebaixamento do Altíssimo, merece o maior louvor.

Ficamos perplexos de ver a desgraça recaindo sobre pessoas dignas, inofensivas e decentes – sobre capazes e esforçadas mães de família, ou diligentes e frugais e pequenos comerciantes, sobre aqueles que se empenharam tanto e de forma tão honesta a troco do seu modesto estoque de alegrias e agora parecem estar começando a gozá-lo com plenos direitos.

Como eu poderia dizer o que tinha de ser dito a esse respeito com a máxima delicadeza possível? Não me importo em saber que eu possa parecer, aos olhos
do meus leitores mais hostis, pessoalmente responsável por todos os sofrimentos que
eu tento explicar – da mesma forma que, até os dias de hoje, todo mundo fala como se

Santo Agostinho tivesse desejado que as criancinhas não batizadas fossem para o Inferno.

Mas faz uma grande diferença se eu alieno qualquer pessoa da verdade. Imploro ao leitor que tente acreditar, por um só instante, que Deus, que criou todas essas pessoas tão merecedoras, está coberto de razão em achar que a modesta prosperidade delas e a felicidade de seus filhos não sejam suficientes para torná-las abençoadas: que tudo isso cairá por terra no fim dos tempos e que, se elas não tiverem aprendido a conhecê-lo, acabarão se sentindo miseráveis.

E por isso Deus permite tormentos, avisando-as desde já de uma insuficiência que um dia terão de descobrir por si mesmas. A vida que vivem para si mesmas e as suas famílias se colocam (como empecilho) entre elas e o reconhecimento da sua necessidade; Deus torna esse tipo de vida menos doce para essas pessoas.












segunda-feira, 23 de julho de 2012

FUTURO CONJUGE


Jovem

Observe os jovens cristãos à sua volta. Um deles será seu cônjuge!

Preste atenção, observe, converse, quando chegar a hora de dar um passo adiante, diga que quer conversar e conhecer melhor... não saia namorando de cara.

Tenham um tempo juntos como amigos. Porque se não der certo, o sofrimento é menor e também acredito ser esse o jeito de Deus.

 A iniciativa deve ser do homem!

Assim como também é do homem a obrigação de levar / guiar a família no caminho da espiritualidade. Por isso busque a MATURIDADE CRISTÃ o quanto antes!


Que Deus vos guie e abençoe a cada passo da vida.

domingo, 22 de julho de 2012

Educar o olhar!!!


      Se você colocar um falcão em um cercado de 1m² e inteiramente aberto em cima, ele se tornará um prisioneiro, apesar de sua habilidade para o voo.
 

      A razão é que um falcão sempre começa seu voo com uma pequena corrida em terra.

      Sem espaço para correr, nem mesmo tentará voar e permanecerá um prisioneiro pelo resto da vida, nessa pequena cadeia sem teto.


      O morcego, criatura notavelmente ágil no ar, não pode sair de um lugar nivelado.

      Se for colocado em um piso completamente plano, tudo o que ele conseguirá fazer será andar de forma confusa, dolorosa, procurando alguma ligeira elevação de onde possa se lançar ao voo.


      Um zangão, se cair em um pote de vidro aberto em cima, ficará lá até morrer ou ser removido.

      Ele não vê a saída no alto.

      Por isso, persiste em tentar sair pelos lados, próximo ao fundo.

      Procurará uma maneira de sair onde não existe nenhuma, até que se destrua completamente de tanto se atirar contra as paredes do vidro.


      Existem pessoas como o falcão, o morcego e o zangão: atiram-se obstinadamente contra os obstáculos, sem perceberem que a saída está logo acima.

       Se você está como eles, cercado de problemas, olhe para cima!
      E lá estará Ele!!!
      A distância de uma oração!




sábado, 21 de julho de 2012

C.S. Lewis – Perdão versus Desculpas


Extraído do livro: Um ano com C.S. Lewis – Ed. Ultimato
Original do livro: Peso de Glória

Tenho a impressão de que quando acho que estou pedindo para que Deus me perdoe estou
muitas vezes (a menos que eu me cuide bastante) pedindo que Ele faça algo muito
diferente. Não estou pedindo que me perdoe, mas que me desculpe. Aí é que está toda
a diferença entre perdoar e desculpar. Perdoar significa dizer: “Sim, é verdade que
você cometeu tal coisa, mas eu aceito o seu pedido de perdão. Eu jamais o cobrarei
de você, e tudo entre nós continuará sendo exatamente como era antes”. Mas quando
desculpamos alguém, estamos dizendo: “Vejo que você não teve como evitá-lo ou não
quis fazer isso, e não foi realmente culpa sua”. Se não houve culpa real, não há
nada a desculpar. Nesse sentido, a desculpa e o perdão são quase opostos. É claro
que em dezenas de casos, seja entre Deus e o homem, seja entre uma pessoa e outra,
as coisas muitas vezes
se sobrepõem. Parte do que parecia, à primeira vista, ser pecado, revela-se como
não sendo realmente culpa de ninguém e é desculpado; o restinho que sobra é
perdoado. […]

Mas o que muitas vezes chamamos de “pedir perdão a Deus” não passa, na verdade, de
pedir que Ele aceite nossas desculpas. O que nos induz a esse erro é que normalmente
temos engatilhado certo arsenal de desculpas, ou seja, “circunstâncias atenuantes”.
Ficamos tão ansiosos em apresentá-las diante de Deus ( e de nós mesmos) que somos
capazes de esquecer a coisa mais importante, isto é, o que restou: o montante que as
desculpas não são capazes de cobrir, o restinho que não é desculpável, mas graças à
Deus não é imperdoável. Quando nos esquecemos disso, vamos embora achando que nos
arrependemos e fomos perdoados, quando na verdade tudo que fizemos foi dar
satisfações a nós mesmos com as nossas próprias desculpas. É   possível até que sejam desculpas bem esfarrapadas; é muito fácil dar satisfações a nós mesmos.






sexta-feira, 20 de julho de 2012

I João 4:19


Baseado no culto do dia 25.03.07

I João 4:19 Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro.

 Deus já nos disse: Eu te amo.

É possível se entregar sem amor,
Mas é impossível amar sem se entregar.

Você sabe o que moveu Cristo a sofrer tudo o que sofreu?
O amor!
Jesus se entregou por nós!
Morreu por nós!

Como podemos ficar inertes frente à tamanha declaração de amor?
Como podemos ignorar o desejo de Deus de nos acolher como filhos amados?

Todos nós um dia sentimos o toque do Espírito Santo nos chamando...
Não ignore!
Não permita que os chamamentos deste mundo o desvie do verdadeiro propósito desta vida!
Viver com Deus!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Uma vida com propósitos


Do livro uma vida com propósitos:

Alguns parágrafos são literais, outros expostos com outras palavras, mas sem mudar o centro da idéia.

 Esta vida não é tudo o que há.
A Terra é lugar de preparação para a próxima vida, a vida eterna.

Podemos viver aqui correndo atrás do vento...
Digam-me somente uma coisa terrena que podemos levar para a eternidade...
Fortuna- não!
Bens materiais- não!
Fama- não!
Reconhecimento- não!
Troféus- não!

O que esperar da vida então?

A MAIOR DE TODAS AS DESGRAÇAS, NÃO É A MORTE, MAS VIVER UMA VIDA SEM PROPÓSITOS!

Propósito este que só encontramos em uma vida com Deus, e vida íntima!

O próximo parágrafo pode parecer uma afirmação dura demais, mas não adianta fugir da realidade... é melhor parar de viver dormindo e fechando os olhos para esta realidade e abraçar o quanto antes a salvação que há em Cristo!

A eternidade oferece apenas duas opções:

Céu ou inferno. É seu relacionamento com Deus na Terra que determinará seu relacionamento com Deus na eternidade.

C.S.Lews disse: “Existem dois tipos de pessoas:
as que dizem a Deus “Seja feita a sua vontade”
*e as que não aceitam o amor de Deus*
a quem Deus diz “Então tudo bem, faça do seu jeito”.

Tragicamente muitas pessoas terão de suportar a eternidade sem Deus, pois escolheram viver sem Ele aqui na Terra”.


Oremos para que o Espírito Santo nos incomode para sairmos de nossa vida confortável mas sem esperança e abra cada vez mais nossos olhos e corações para Jesus fazer nele morada!