sábado, 28 de fevereiro de 2015

Devemos buscar o silêncio recriador da solitude

Mundo interior 157 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 142
7. A DISCIPLINA DA SOLITUDE

Em Life Together (Vida Juntos), Dietrich Bonhoeffer deu a um de seus capítulos o título de “O Dia Juntos”, e com percepção intitulou o capítulo seguinte “O Dia Sozinho”. Ambos são fundamentais para o êxito espiritual. Escreveu ele:
“Aquele que não pode estar sozinho, tome cuidado com a comunidade. ... Aquele que não está em comunidade, cuidado com o estar sozinho. ... Cada uma dessas situações tem, de si mesma, profundas ciladas e perigos. Quem desejar a comunhão sem solitude mergulha no vazio de palavras e sentimentos, e quem busca a solitude sem comunhão perece no abismo da vaidade, da auto-enfatuação e do desespero.”
Portanto, se desejarmos estar com os outros de modo significativo, devemos buscar o silêncio recriador da solitude. Se desejamos estar sozinhos em segurança, devemos buscar a companhia e a responsabilidade dos outros. Se desejamos viver em obediência, devemos cultivar a ambos.
mundo interior 158- celebração disciplina 143




                      

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

A solitude interior há de manifestar-se exteriormente

Mundo interior 156 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 141
7. A DISCIPLINA DA SOLITUDE


A solitude interior há de manifestar-se exteriormente. Haverá a liberdade de estar sozinhos, não para nos afastarmos das pessoas, mas para poder ouví-las melhor. Jesus viveu em “solitude do coração” interior. Também freqüentemente experimentou solitude exterior.
Ele começou seu ministério passando quarenta dias sozinho no deserto (Mateus 4:1-11).
Antes de escolher os doze, ele passou a noite inteira sozinho no monte deserto (Lucas 6:12).
Quando recebeu a notícia da morte de João Batista, Jesus “retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, à parte” (Mateus 14:13).
Após a alimentação miraculosa dos cinco mil, Jesus mandou que os discípulos partissem; então ele despediu as multidões e “subiu ao monte a fim de orar sozinho...” (Mateus 14:23).
Após uma longa noite de trabalho, “Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto, e ali orava” (Marcos 1:35).
Quando os doze retornaram de uma missão de pregação e curas, Jesus os instruiu: “Vinde repousar um pouco, à parte...” (Marcos 6:31).
Depois da cura de um leproso, Jesus “se retirava para lugares solitários, e orava” (Lucas 5:16).
Com três discípulos ele buscou o silêncio de um monte solitário como palco para a transfiguração (Mateus 17:1-9).
Enquanto se preparava para sua mais sublime e mais santa obra, Jesus buscou a solitude do jardim do Getsêmani (Mateus 26:36-46).

Pode-se prosseguir, mas talvez isto seja suficiente para mostrar que a busca de um lugar solitário era uma prática regular de Jesus. Igualmente deve ser conosco.






quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Há uma solitude do coração que pode ser mantida em todas as ocasiões

Mundo interior 155 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 140
7. A DISCIPLINA DA SOLITUDE

Mas a solidão ou o barulho não são nossas únicas alternativas. Podemos cultivar uma solitude em silêncio interiores que nos livram da solidão e do medo.
Solidão é vazio interior. Solitude é realização interior.
Solitude não é, antes de tudo, um lugar, mas um estado da mente e do coração.

Há uma solitude do coração que pode ser mantida em todas as ocasiões. As multidões, ou a sua ausência, têm pouco que ver com este estado atentivo
interior. Éh perfeitamente possível ser um eremita e viver no deserto e nunca experimentar a solitude. Mas se possuirmos solitude interior nunca teremos medo de ficar sozinhos, pois sabemos que não estamos sós. Nem tememos estar com outros, pois eles não nos controlam. Em meio ao ruído e confusão encontramos calma num profundo silêncio interior.





quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Jesus chama-nos da solidão para a solitude

Mundo interior 154 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 139
7. A DISCIPLINA DA SOLITUDE

“Aquieta-te em solitude e encontrarás o Senhor em ti mesmo.” - Teresa de Ávila
Jesus chama-nos da solidão para a solitude.
O medo de ficarem sozinhas petrifica as pessoas. Uma criança que muda para uma nova vizinhança diz, em soluços, à sua mãe: “Ninguém brinca comigo.”
Uma caloura na faculdade suspira pelos dias de ginásio quando era o centro de atenção: “Agora, sou uma figura apagada.”
Um executivo abatido em seu escritório, poderoso, não obstante, sozinho.
Uma senhora idosa reside num lar de velhos aguardando a hora de ir para o “Lar”.

Nosso medo de ficar sozinhos impulsiona-nos para o barulho e para as multidões.
Conservamos uma constante torrente de palavras mesmo que sejam ocas. Compramos rádios que prendemos ao nosso pulso ou ajustamos aos nossos ouvidos de sorte que, se não houver ninguém por perto, pelo menos não estamos condenados ao silêncio.
 T. S. Eliot analisou muito bem nossa cultura quando disse: “Onde deve ser encontrado o mundo em que ressoará a palavra? Aqui não, pois não há silêncio suficiente.”



terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

O perigo e a tentação de atrair vossas mentes para o vosso negócio

Mundo interior 153 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 138
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

Décimo, evite qualquer coisa que o distraia de sua meta principal. George Fox advertiu:
“Mas há para vós o perigo e a tentação de atrair vossas mentes para o vosso negócio, e este criar- lhes empecilho; de sorte que mal podeis fazer qualquer coisa para o serviço de Deus, pois haverá o clamor, meu negócio, meu negócio; e vossas mentes entrarão nas coisas, em vez de discuti-las. ... E então, se o Senhor Deus cruzar convosco, e vos detiver no mar e na terra, e tirar vossos bens e costumes, para que vossas mentes sobrecarregadas se afligirão, pois estão fora do poder de Deus.”
Que Deus nos dê sempre coragem, sabedoria e força para manter como prioridade, número um de nossas vidas o “buscar em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça”, entendendo tudo o que isso implica. Fazer isto é viver em simplicidade.




segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Recuse tudo quanto gere a opressão de outros

Mundo interior 152 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 137
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

Nono, recuse tudo quanto gere a opressão de outros. Talvez ninguém tenha corporificado mais plenamente este princípio do que John Woolman, o alfaiate quacre do século dezoito. Seu famoso Diário está cheio de ternas referências a seu desejo de viver sem oprimir a outros.
“Aqui fui levado a uma contínua e laboriosa investigação para saber se eu, como indivíduo, evitava todas as coisas que tendiam a fomentar guerras ou eram com elas relacionadas, fosse neste país ou na África; meu coração estava profundamente interessado em que no futuro eu pudesse, em todas as coisas, manter-me constante à pura verdade, e viver e andar na lisura e simplicidade de um sincero seguidor de Cristo. ... E aqui a luxúria e a cobiça, com as numerosas opressões e outros males que as acompanham, pareciam-me muito aflitivas e senti, naquilo que é imutável, que as sementes de grande
calamidade e desolação são semeadas e crescem depressa neste continente.”

Este é um dos mais difíceis e sensíveis problemas com que se defrontam os cristãos do século vinte. Em um mundo de recursos limitados, leva nossa cobiça de riqueza à pobreza de outros?
Deveríamos comprar produtos fabricados por pessoas que são forçadas a trabalhar em estúpidas linhas de montagem?
Desfrutaremos de relações hierárquicas na companhia ou na fábrica que mantêm outras pessoas sob nossas ordens? Oprimimos nossos filhos ou cônjuge porque certas tarefas estão sob nosso comando?
Muitas vezes nossa opressão vem matizada com racismo e sexo. A cor da pele ainda afeta a posição de uma pessoa na empresa. O sexo de um candidato a emprego ainda afeta o salário. Possa Deus dar-nos profetas hoje que, à semelhança de John Woolman, nos chamem “do desejo de riqueza” de sorte que possamos “quebrar o jugo da opressão”.





domingo, 22 de fevereiro de 2015

Obedeça às instruções de Jesus sobre a linguagem clara, honesta

Mundo interior 151 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 136
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

Oitavo, obedeça às instruções de Jesus sobre a linguagem clara, honesta. “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim: não, não. O que disto passar, vem do maligno” (Mateus 5:37). Se você consente em executar uma tarefa, execute-a. Evite a bajulação e as meias verdades. Faça da honestidade e da integridade os característicos distintivos de seu falar. Rejeite o jargão e a especulação abstrata cujo propósito é obscurecer e impressionar, em vez de esclarecer e informar.
A linguagem clara é difícil porque raramente vivemos a partir do Centro divino, raramente respondemos só aos impulsos celestiais. Muitas vezes o medo do que os outros possam pensar ou uma centena de outros motivos determinam nosso “sim” ou “não” em vez da obediência aos estímulos divinos. Se surge uma oportunidade mais atraente, ou uma situação que nos coloca numa luz melhor, logo invertemos nossa decisão. Se, porém, nosso falar procede da obediência ao Centro divino, não veremos motivo para tornar nosso “sim” em “não” e nosso “não” em “sim”.

Estaremos vivendo em simplicidade de linguagem pois nossas palavras têm somente uma Fonte. Soren Kierkegaard escreveu: “Se és absolutamente obediente a Deus, então não existe ambigüidade em ti e... tu és mera simplicidade perante Deus.
.... Uma coisa há que a astúcia de Satanás e todos os laços da tentação não podem apanhar de surpresa: a simplicidade.”




sábado, 21 de fevereiro de 2015

Usemos de extrema cautela antes de incorrermos em dívida

Mundo interior 150 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 135
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE


Sétimo, olhe com cepticismo saudável todos os planos de “compre agora, pague depois”. Eles são uma armadilha e servem para aumentar sua escravidão. Tanto o Antigo como o Novo Testamento condenam a usura e o fazem por bons motivos. (Na Bíblia, o termo “usura” não é empregado no sentido moderno de juro exorbitante; refere-se a qualquer tipo de juro.) A cobrança de juro era considerada como exploração antifraternal do infortúnio de outrem, daí uma negação da comunidade cristã. Jesus denunciou a usura como sinal da velha vida e admoestou seus discípulos a emprestar “sem esperar nenhuma paga” (Lucas 6:35).
Essas palavras da Escritura não deveriam ser interpretadas como um tipo de lei universal imposta a todas as culturas em todos os tempos. Mas também não devem ser consideradas como totalmente inaplicáveis à sociedade moderna. Atrás dessas injunções bíblicas estão séculos de sabedoria acumulada (e talvez algumas experiências amargas!). Certamente a prudência, bem como a simplicidade, exigiriam que usemos de extrema cautela antes de incorrermos em dívida.





sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Desenvolva um apreço mais profundo pela criação

Mundo interior 149 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 134
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

Sexto, desenvolva um apreço mais profundo pela criação. Aproxime-se da terra.
Ande sempre que puder. Ouça os pássaros - eles são mensageiros de Deus. Goze da textura da grama e das folhas. Maravilhe-se com as ricas cores que há por toda parte. Simplicidade significa descobrir uma vez mais que “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém” (Salmo 24:1).



quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Aprenda a desfrutar das coisas sem possuí-las

Mundo interior 148 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 133
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

Quinto, aprenda a desfrutar das coisas sem possuí-las. Possuir coisas é uma obsessão de nossa cultura. Se as possuímos, achamos que podemos controlá-las; e se podemos controlá-las, sentimos que nos darão maior prazer.
Essa ideia é uma ilusão. Muitas coisas na vida podem ser desfrutadas sem que as possuamos ou controlemos. Partilhe das coisas. Aproveite a praia sem achar que você tem que comprar um pedaço dela. Aproveite as bibliotecas e os parques públicos.




quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Recuse ser dominado pela propaganda dos fabricantes de bugigangas modernas

Mundo interior 147 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 132
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

Quarto, recuse ser dominado pela propaganda dos fabricantes de bugigangas modernas. Esses inventos para poupar tempo quase nunca poupam tempo. Cuidado com as palavras: “Paga por si mesmo em seis meses.” A maioria desses inventos são feitos para desarranjar-se, desgastar-se e assim complicar nossa vida em vez de ajudar.
Este problema é uma praga da indústria de brinquedos. Nossas crianças não precisam ser entretidas por bonecas que choram, que comem, que urinam, suam e cospem.
Uma velha boneca de trapo pode dar mais alegria e durar muito mais. Muitas vezes as crianças encontram maior alegria em brincar com panelas e bules velhos do que com o último aparelho espacial. Procure brinquedos educativos e duráveis. Faça você mesmo alguns.

Em geral essas engenhocas são um dreno desnecessário dos recursos energéticos do mundo. Os Estados Unidos têm menos de 6% da população mundial, mas consomem cerca de 33% da energia do mundo. Nos Estados Unidos, só os condicionadores de ar usam a mesma soma de energia que usa a China com seus 830 milhões de habitantes. A responsabilidade ambiental seria suficiente para livrar-nos da maioria desses aparelhos produzidos hoje.
Os anunciantes tentam convencer-nos de que pelo fato de o mais novo modelo disto ou daquilo ter um novo característico (ninharia?), devemos vender o antigo e comprar o novo. As máquinas de costura têm novos pontos, os gravadores de fita têm novos botões, as enciclopédias têm novos índices. Tal dogma de comunicação precisa ser cuidadosamente examinado. Muitas vezes os “novos” característicos são apenas um meio de induzir-nos a comprar o de que não necessitamos. Provavelmente aquele refrigerador nos servirá muito bem pelo resto de nossa vida mesmo sem o dispositivo automático de fazer gelo e sem as cores do arco-íris.




terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Crie o hábito de dar coisas

Mundo interior 146 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 131
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

Terceiro, crie o hábito de dar coisas. Se você acha que se está apegando a alguma posse, considere dá-la a alguém que necessite.
Ainda me lembro do Natal em que resolvi que melhor do que comprar ou mesmo fazer um objeto para uma determinada pessoa, eu lhe daria algo que significava muito para mim.
Meu motivo era egoísta: desejava conhecer o livramento oriundo deste simples ato de pobreza voluntária.
Esse algo era uma bicicleta de dez marchas. Enquanto eu me dirigia para a casa do amigo para entregar o presente, lembro-me de cantar com novo significado o coro de um hino que diz: “De graça, de graça recebestes; de graça, de graça dai.”

Ontem meu filho de seis anos ouviu falar de um coleguinha que precisava de uma lancheira, e perguntou-me se ele podia dar-lhe a sua. Aleluia!
Desacumule. Quantidades de coisas que não são necessárias complicam a vida.
Elas precisam ser classificadas e guardadas e espanadas e reclassificadas e guardadas de novo ad nauseam.
Muitos de nós poderíamos livrar-nos da metade das coisas que possuímos sem nenhum sacrifício grave. Faríamos bem em atender o conselho de Thoreau: “Simplifique, simplifique.”



segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Rejeite qualquer coisa que o esteja viciando

Mundo interior 145 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 130
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE
           
Segundo, rejeite qualquer coisa que o esteja viciando. Aprenda a distinguir entre a verdadeira necessidade psicológica, como ambientes alegres e o vício.
Elimine ou reduza o uso de bebidas que viciem e não são nutritivas: álcool, café, chá, Coca-Cola, etc.
Se você está viciado em televisão, venda o aparelho ou se desfaça dele de qualquer jeito.
Qualquer dos meios de comunicação que você acha não poder viver sem eles: rádios, estéreos, revistas, filmes, jornais, livros - trate de livrar-se deles.

O chocolate tornou-se um vício grave para muitas pessoas. Se o dinheiro lançou garra sobre seu coração, dê uma parte e sinta a liberdade interior.
Simplicidade é liberdade, não escravidão.

Recuse ser escravo de qualquer coisa, exceto de Deus.





domingo, 15 de fevereiro de 2015

Não comprar nada para impressionar os outros

Mundo interior 144 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 129
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

Em primeiro lugar, compre as coisas por sua utilidade e não por seu “status”.
Os automóveis devem ser comprados por sua utilidade, não por seu prestígio (para impressionar os outros).

Considere andar de bicicleta. Na construção ou compra de casas, pense na habilidade em vez de pensar na impressão que ela causará aos outros. Não tenha casa maior do que o razoável. Afinal de contas, quem necessita de sete quartos para duas pessoas?

Considere suas roupas. Muitas pessoas não têm necessidade de mais roupas.
Compram mais, não porque precisem, mas porque desejam andar na moda.

Enforque a moda. Compre somente aquilo de que você precisa. Use suas roupas até que se gastem. Pare com o esforço de impressionar as pessoas com suas roupas e impressione-as com sua vida.

Se for prático no seu caso, aprenda a alegria de fazer roupas. E, pelo amor de Deus (e digo isto muito literalmente), use roupas práticas em vez de roupas ornamentais.
João Wesley declarou: “Quanto a aparelho, compro o mais duradouro e, em geral, o mais simples que posso. Não compro móveis, senão o que for necessário e barato.”




A atitude libertadora da simplicidade afetará nosso modo de viver

Mundo interior 143 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 128
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

A Expressão Exterior da Simplicidade
Descrever a simplicidade apenas como uma realidade interior é dizer algo falso.
A realidade interior não é realidade enquanto não houver expressão exterior.

A atitude libertadora da simplicidade afetará nosso modo de viver. Conforme adverti anteriormente, dar aplicação específica à simplicidade é correr o risco de deteriorar-se em regras legalistas. É, contudo, um risco que devemos aceitar, pois a recusa em discutir pontos específicos baniria a Disciplina para o campo teorético. Afinal de contas, os escritores da Bíblia constantemente aceitaram esse risco.
Desejo arrolar dez princípios controladores para a expressão exterior da simplicidade. Não devem ser considerados como leis mas como uma tentativa de consubstanciar o significado da simplicidade na vida do século vinte.




Disponibilizar nossos bens aos outros

Mundo interior 142 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 127
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

Simplesmente não existe preocupação “à prova de roubo”. Obviamente, estas considerações não se restringem a posses, mas incluem coisas tais como nossa reputação ou nosso emprego. Simplicidade significa a liberdade de confiar em Deus para obter estas (e todas as demais) coisas.

Ter nossos bens disponíveis aos outros indica a terceira atitude interior da simplicidade. Martinho Lutero disse: “Se nossos bens não estão disponíveis à comunidade, são bens roubados.”
O motivo por que achamos estas palavras tão difíceis é o nosso temor do futuro. Agarramo-nos às nossas posses em vez de reparti-las, porque nos preocupamos com o dia de amanhã.
Se, porém, cremos que Deus é quem Jesus disse ser, então não precisamos temer. Quando virmos a Deus como o Criador Todo-poderoso e nosso amoroso Pai, podemos repartir, porque sabemos que ele cuidará de nós.
Se alguém estiver em necessidade, somos livres para socorrê-lo. Aqui, também, o corriqueiro bom senso definirá a base da nossa participação e nos livrará da loucura.
Quando buscamos em primeiro lugar o reino de Deus, estas três atitudes caracterizam nossas vidas. Tomadas juntamente, elas definem o que Jesus queria dizer por, “não andeis ansiosos”. Elas contêm a realidade interior da simplicidade cristã. E podemos estar certos de que quando vivemos nesta realidade central, “todas estas coisas” necessárias à vida abundante serão igualmente nossas.




quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O que temos não é resultado de nosso labor, mas do gracioso cuidado de Deus

Mundo interior 141 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 126
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

Dependemos de Deus para obter os mais simples elementos da vida: ar, água, sol.
O que temos não é resultado de nosso labor, mas do gracioso cuidado de Deus.

Quando somos tentados a pensar que aquilo que possuímos resulta de nossos esforços pessoais, basta uma pequena seca ou um pequeno acidente para mostrar-nos uma vez mais quão radicalmente dependemos em tudo.

Saber que é negócio de Deus, e não nosso, cuidar do que temos é a segunda atitude interior da simplicidade. Deus pode proteger o que possuímos. Podemos confiar nele. Significa isso que nunca deveríamos tirar a chave do carro ou fechar a porta? Claro que não. Mas sabemos que a fechadura da porta não é o que protege a casa. É apenas bom senso tomar precauções normais, mas se cremos que é a precaução que nos protege e a nossos bens, estaremos crivados de ansiedade.




O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males

Mundo interior 139 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 124
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

Paulo ensinou que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e muitas vezes os que menos o têm amam-no ao máximo.

É possível a uma pessoa estar desenvolvendo um estilo de vida exterior de simplicidade e viver cheia de ansiedade. Inversamente, a riqueza não liberta da ansiedade. Porque riqueza e abundância vêm hipocritamente vestidas com pele de ovelha fingindo ser segurança contra ansiedades, e elas se tornam então o objeto de ansiedade... elas protegem a pessoa contra as ansiedades exatamente com o lobo que é posto a cuidar de ovelhas as protege... contra o lobo...


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Receber o que temos como um dom de Deus é a primeira atitude interior da simplicidade

Mundo interior 140 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 125
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

A liberdade de ansiedade caracteriza-se por três atitudes interiores. Se recebemos o que temos como um Dom, se o que temos recebe o cuidado de Deus e se o que temos está disponível aos outros, então seremos livres de ansiedade.
Esta é a realidade interior da simplicidade. Contudo, se aquilo que temos nós cremos que o conseguimos, se aquilo que temos nós cremos que devemos retê-lo e se o que temos não está disponível aos outros, então viveremos em ansiedade. Tais pessoas jamais conheceram a simplicidade, a despeito das contorções exteriores a que possam submeter-se a fim de viver “a vida simples”.
Receber o que temos como um dom de Deus é a primeira atitude interior da simplicidade. Trabalhamos, porém sabemos que não e nosso trabalho que dá o que temos. Vivemos pela graça, mesmo quando se trata do “pão nosso de cada dia”.




terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A realidade interior da simplicidade envolve uma vida de alegre despreocupação

Mundo interior 138 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 123
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE


Como Jesus deixou muito claro em nosso texto central, estar livre de ansiedade é uma das provas interiores de que estamos buscando o reino de Deus em primeiro lugar.

A realidade interior da simplicidade envolve uma vida de alegre despreocupação com os bens materiais.

Nem o ganancioso nem o avarento conhecem essa liberdade.

Ela não tem nada que ver com a abundância ou com a falta de posses.

É uma atitude interior de confiança. O simples fato de uma pessoa viver sem a posse de bens materiais não é garantia alguma de que esteja vivendo em simplicidade.



segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Buscar primeiro o reino de Deus

Mundo interior 137 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 122
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

Focalizar o reino produz realidade interior, e sem essa realidade degenerar-nos-emos em trivialidades legalistas. 
Nada mais pode ser central. O desejo de sair da corrida maluca não pode ser central; a preocupação com a ecologia não pode ser central. 
A única coisa que pode ser central na Disciplina Espiritual da simplicidade é buscar primeiro o reino de Deus e a justiça, tanto pessoal como social, desse reino. 

Por mais dignos que sejam todos os demais interesses, no momento em que eles se tornam o foco de nossos esforços, tornam-se idolatria. 
O concentrar-nos neles inevitavelmente nos induzirá a declarar que nossa atividade especial é a simplicidade cristã. E, de fato, quando o reino de Deus é verdadeiramente colocado em primeiro lugar, as preocupações ecológicas, os pobres, a distribuição equitativa da riqueza e muitas outras coisas recebem a devida atenção. 
A pessoa que não busca o reino de Deus em primeiro lugar, absolutamente não o busca, a despeito de quão digna seja a idolatria que o substitui.



domingo, 8 de fevereiro de 2015

Do Orgulho à Humildade

Livro: do Orgulho à Humildade  -  p1- Introdução

Talvez possamos dizer que a humildade é a única virtude que nos capacitará a ser tudo aquilo que Cristo deseja que sejamos. Sem humildade não podemos nos aproximar de Deus; não podemos amá-lo de maneira suprema, nem testemunhar de maneira eficiente, a respeito de Jesus Cristo.
Sem humildade não podemos amar e servir os outros , nem liderar da maneira como Deus quer. Não podemos nos comunicar apropriadamente, nem resolver conflitos, nem lidar da maneira correta com os pecados dos outros. Em resumo devemos abraçar e praticar a humildade, a fim de viver e ser verdadeiramente aquilo que Deus quer que sejamos.
Esta é a razão por que Ele nos exorta através de Paulo em Efésios 4:1-2:
Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão.


sábado, 7 de fevereiro de 2015

Busque a Deus - isso é tudo que vai sobrar

Quais são os valores que a mídia nos tem passado?

Qual a relevância de seguir os valores deste mundo?
Qual a importância de se ter roupas de grife?

Onde iremos chegar sendo consumistas?

Que qualidade de vida teremos deixando os preceitos e a pessoa de Deus longe de nossos caminhos?

O diabo engana a muitos fazendo-os pensar que são livres, mas somente em Cristo seremos verdadeiramente livres!

Somente em Cristo teremos a verdadeira paz!

Somente em Cristo conheceremos a felicidade, o amor, a salvação, a santificação, o relacionar-se com Deus e a vida eterna!

Deus é o único que cuida da gente em seus mínimos detalhes. Detalhes esses que muitas vezes passam despercebidos devido à nossa correria.
Correria é tudo que o diabo quer nos envolver para deixarmos de viver as coisas importantes da vida


Busquemos a Deus com afinco. Isso será tudo o que irá sobrar no fim das contas!!!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Buscai em primeiro lugar o reino de Deus

Mundo interior 136 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 121
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE


Soren Kierkegaard escreveu:
“'Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça.’ Que significa isto, que tenho eu de fazer, ou que tipo de esforço é este que pode ser chamado de buscar ou perseguir o reino de Deus?
Deverei tentar obter um emprego compatível com os meus talentos e minhas forças para que assim exerça influência?
Não, deves buscar primeiro o reino de Deus.
Devo, então, sair a proclamar este ensino ao mundo?
Não, deves buscar primeiro o reino de Deus.
Mas então, em certo sentido, nada é o que devo fazer.
Sim, certamente em certo sentido, nada, torna-se nada diante de Deus, aprender a manter-se silente; neste silêncio está o começo, que é buscar primeiro o reino de Deus.”





quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Não andeis ansiosos pela vossa vida

Mundo interior 135 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 120
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE


Temos esse ponto focal nas palavras de Jesus:
“Por isso vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo vosso pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?
Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? Portanto não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? ou: Com que nos vestiremos? porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:25-33).

O ponto central da Disciplina da simplicidade é buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça - e então, tudo o que for necessário virá em sua devida ordem.
É impossível exagerar a importância do discernimento de Jesus neste ponto.
Tudo depende de manter em primeiro lugar o que realmente é “primeiro”. Nada deve vir antes do reino de Deus, nem mesmo o desejo de um estilo de vida simples. A simplicidade torna-se idolatria quando precede a busca do reino.



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A maioria dos cristãos nunca lutou de verdade com o problema da simplicidade

Mundo interior 134 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 119
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

Um Ponto de Apoio
De todas as Disciplinas, a simplicidade é a mais visível e, portanto, a mais aberta à corrupção. A maioria dos cristãos nunca lutou de verdade com o problema da simplicidade, convenientemente ignorando muitas palavras de Jesus sobre o assunto.
A razão é simples: esta Disciplina desafia diretamente nossos interesses pessoais num abastado estilo de vida. Mas os que levam a sério o ensino bíblico sobre a simplicidade defrontam-se com severas tentações em direção ao legalismo.

No ardente esforço de dar expressão concreta ao ensino econômico de Jesus é fácil confundir nossa expressão do ensino com o próprio ensino. Usamos este atavio ou compramos aquele tipo de casa e sacramentamos nossas escolhas como simplicidade de vida.

Por causa deste perigo é muito importante achar e claramente articular um ponto focal arquimediano para a simplicidade.



terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A simplicidade pode reorientar nossas vidas

Mundo interior 133 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 118
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE


A simplicidade é a única coisa que pode adequadamente reorientar nossas vidas de sorte que as posses sejam autenticamente desfrutadas sem destruir-nos.
Sem a simplicidade, ou capitularemos ao espírito de “Mamom” da presente era má, ou cairemos num ascetismo legalista e anticristão.
Ambas as situações levam à idolatria. Ambas são espiritualmente fatais.

A Escritura é farta em descrições da abundante provisão material que Deus dá ao seu povo. “Porque o Senhor teu Deus te faz entrar numa boa terra... e nada te faltará nela” (Deuteronômio 8:7-9).
Também é farta em advertências sobre o perigo de provisões que não são mantidas na devida perspectiva. “Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas” (Deuteronômio 8:17).

A Disciplina Espiritual da simplicidade provê a necessária perspectiva que nos liberta para receber a provisão de Deus como um Dom que, por não ser nosso, não devemos guardar, mas que pode ser gratuitamente partilhado com outros. Uma vez que reconhecemos que a Bíblia denuncia os materialistas e os ascetas com igual vigor, estamos preparados para voltar nossa atenção à estrutura de um entendimento cristão da simplicidade.




segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Repartir com os outros

Mundo interior 132 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 117
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE


Paulo aconselhou os ricos a não confiarem em sua riqueza, mas em Deus, e repartir generosamente com os outros (1 Timóteo 6:17-19).
Havendo dito isto, devo apressar-me em acrescentar que Deus deseja que tenhamos suficiente provisão material.

Ascetismo e simplicidade são mutuamente incompatíveis. As similaridades superficiais e ocasionais na prática nunca devem obscurecer a diferença radical entre os dois. O ascetismo renuncia às posses. A simplicidade coloca as posses na devida perspectiva. O ascetismo não encontra lugar para uma “terra que mana leite e mel”. A simplicidade pode regozijar-se nesta graciosa provisão da mão de Deus. O ascetismo só encontra contentamento quando humilhado. A simplicidade conhece o contentamento tanto na humilhação como na abundância (Filipenses 4:12).



domingo, 1 de fevereiro de 2015

Oremos

Amados 

Vamos oferecer a Deus este dia em agradecimento:
Pelo amor em nossas igrejas, cuidado e ensino;
Pelos nossos familiares, como Deus tem cuidado;
Pelo nosso amadurecimento, fruto da ação de Deus em nós.

Agradecer e louvar por Cristo, seu sacrifício que nos proporcionou vida e relacionamento com o Pai.

Agradecer pelas chuvas, alimento, vestimenta, saúde, amizades, trabalho.

Permaneçamos em louvores e ações de graças enquanto aguardamos o dia de sua volta!!!

Deus abençoe a todos!!!