quarta-feira, 15 de abril de 2020

BIBLIA EM ORDEM CRONOLOGICA - NT - 1-A vida de Nosso Senhor JesusCristo

O período Intertestamental - Contexto Religioso
Livro: Foco e Desenvolvimento no Novo Testamento; Pr Carlos Osvaldo; pag 25-26

A. Templo, Sinagoga e Torah
Depois do seu retorno da Babilônia, os judeus não mais se deixaram enredar pela idolatria. Durante sua permanência na Babilônia, uma nova ênfase surgira no estudo e na aplicação cuidadosos da Torah, e isso foi levado de volta à Palestina.
Assim, quando o templo foi reconstruído, enfrentou feroz competição do que poderia ser chamado “a religião da pequena comunidade”, centrada na sinagoga, que estava presente em quase todas as cidades dos judeus, e onde uma religião mais pessoal podia ser buscada por meio do estudo da Torah.

B. Expectativas Messiânicas
Quando o Antigo Testamento se encerrou, Malaquias apontava para a vinda do profeta Elias antes do aparecimento do Dia do Senhor. Na medida que os anseios judaicos por independência eram continuamente abafados por uma série de nações conquistadoras, suas expectativas messiânicas ganhavam um sabor distintamente político.

C. Grupos Religiosos
A tensão religiosa entre o Templo e a sinagoga encontrou expressão humana nos dois principais grupos do judaísmo, os fariseus e os saduceus.
Os fariseus eram herdeiros espirituais dos hasadim, os judeus piedosos que haviam se alinhado com Matatias e seus filhos na luta contra a helenização no século II a.C. Consideravam revelação divina todo o Antigo Testamento. Vinham das camadas inferiores e médias da população e tinham a sinagoga por plataforma de expressão. Sua teologia enfatizava a predestinação, a ressureição e a vinda de um Messias libertador político. Opunham-se sistematicamente a qualquer cooperação com as potências opressoras.
Os saduceus eram a classe sacerdotal elitista cujo envolvimento religioso se limitava ao Templo. Sua religiosidade era mais formal e elaborada, e por isso menos pessoal. Sua origem é obscura. Sua teologia era bem menos rígida que a dos fariseus; aceitam apenas o Pentateuco como revelação, acreditavam na autonomia do homem, negavam completamente a imortalidade e
a existência de seres espirituais, quer angélicos quer demoníacos.

Mateus
Livro: Foco e Desenvolvimento no Novo Testamento; Pr Carlos Osvaldo; pag 33-36

Título e autoria
O sobrescrito do manuscrito mais antigo do Evangelho é KATA MATOAION, segundo Mateus. Isso aponta para a antiga tradição cristã de que Mateus, ou Levi, o discípulo publicano de Jesus, escreveu o primeiro evangelho.

Data
Uma vez que o livro tem a predição da destruição de Jerusalém por Jesus (Mt 24:1-28), deve ser datado de antes de a.D. 70. Isso está ligado à questão de que Evangelho foi o primeiro a ser escrito. O Evangelho de Mateus contém mais advertências críticas contra os saduceus que qualquer outro livro do Novo Testamento. Uma vez que os saduceus deixaram de ser força viva no judaísmo depois de a.D.70, o evangelho deve ser datado antes da destruição de Jerusalém.

Local de origem e destino
Antioquia da Síria, uma cidade grega cosmopolita com numerosa população judaica é o lugar favorito dos estudiosos para a origem do Evangelho.
As pessoas que argumentam a favor de um original em hebraico ou aramaico preferem localizar o evangelho na Palestina.
Na verdade, não há maneira de determinar claramente onde o livro foi escrito.
Os destinatários do Evangelho de Mateus constituem uma questão igualmente incerta. Que tenha sido escrita primariamente para uma audiência judaica parece claro em vista das frequentes alusões ao Antigo Testamento (entre outros argumentos). Isso, todavia, não oferece qualquer prova da localização exata dos leitores originais. A única declaração inequívoca quanto a esses assuntos inter-relacionados é que o Evangelho de Mateus foi escrito e enviado para pessoas que viviam na província romana da Síria (que incluía a Palestina). Qualquer que tenha sido a sua localização, os leitores do Evangelho de Mateus eram judeus de fala grega que precisavam de uma clara explicação da natureza da messianidade de Jesus.

Ocasião e Propósito
A data designada para o Evangelho de Mateus nesta obra aponta para o período em que a cisão entre a igreja e o judaísmo estabelecido estava se tornando mais e mais pronunciada. Era importante que os judeus que tinham confiado em Jesus como messias soubessem que não haviam traído os ideais de Yahweh (Deus).
Os milagres de Jesus também são apresentados como prova de suas reivindicações messiânicas, como o acalmar da tempestade no mar e a multiplicação dos pães.
O caráter messiânico de Jesus também é enfatizado por meio de seu ensino, especialmente por aquelas porções contidas nos cinco grandes discursos – o Sermão do Monte (5:1 a 7:27), os deveres dos discípulos (10:5-42), as parábolas do Reino (13:1-52), os relacionamentos no Reino (18:1-35), e o sermão profético (24:3 a 25:46) – nos quais sua penetrante aplicação da Lei, sua exigência de que os discípulos lhe obedecessem, seu programa para o Reino, seus elevados princípios de relacionamento interpessoal, e suas ameaçadoras previsões sobre o futuro (respectivamente) apontam para uma pessoa especial, cujas alegações de messianidade só aceitam duas opções – serem descartadas como refinada loucura ou aceitas com fé e submissão.

Contexto histórico
Mateus registra toda a vida de Jesus, de 5-4 a.C. a 3 de abril de a.D. 33. Estas datas foram obtidas a partir da observação de que Herodes, o Grande, ainda estava vivo quando Jesus nasceu, que não mais de dois anos poderiam ter passado entre o nascimento de Jesus e o infanticídio ordenado por Herodes, e que Jesus nasceu depois do recenseamento ordenado por Augusto por volta de 6 a.C. O fato de a morte de Jesus ter sido posterior a a.D. 30 se percebe na resposta atípica de Pilatos às ameaças dos judeus de denunciá-lo como um “não amigo” de César. Uma vez que seu mentor e protetor Marcus Sajanus tinha o controle virtual do império até a. D32, quando foi confrontado, removido e executado por ordem de Tibério César, é melhor datar a morte de Cristo em a.D. 33.

A VIDA DO NOSSO SENHOR
5 a.C. - 29 d.C.
Introdução
1.Prefácio aos evangelhos sinóticos

Mateus 1:1
1 Registro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão:

Marcos 1:1
Princípio do evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus.

Lucas 1:1-4
1 Muitos já se dedicaram a elaborar um relato dos fatos que se cumpriram entre nós,
2 conforme nos foram transmitidos por aqueles que desde o início foram testemunhas oculares e servos da palavra.
3 Eu mesmo investiguei tudo cuidadosamente, desde o começo, e decidi escrever-te um relato ordenado, ó excelentíssimo
Teófilo,
4 para que tenhas a certeza das coisas que te foram ensinadas.

Explicação
Mt 1:1-16
Os tipos de pessoas mensionadas nessa genealogia revelam a grande variedade daqueles que perfazem o povo de Deus e a genealogia de Jesus.
Mt 1:1
filho de Davi. Título messiânico que aparece várias vezes nesse evangelho (em 1:20 não é título messiânico).
filho de Abraão. Como Mateus escrevia aos judeus, era importante identificar Jesus dessa maneira.

Mc 1.1
evangelho. Decalque (v. Mt 4:24) da palavra grega que significa “boa história” ou “boas novas”. As boas são que Deus providenciou a salvação mediante a vida, morte e ressureição de Jesus Cristo.

Lc 1:1-4
Empregando linguagem semelhante ao grego clássico, Lucas começa com um prefácio formal, comum entre as obras históricas da época, no qual declara sua finalidade ao escrever e identifica o destinatário. Reconhece que há outros relatos sobre o assunto, demonstra a necessidade dessa nova obra e declara seu método de abordagem e seuas fontes de informação.

Lc 1:1
fatos que se cumpriram entre nós. Profecias do AT agora plenamente cumpridas.

Lc 1:2
transmitidos. Termo tecnico que siginifica passar adiante informações como tradição autorizada.
Testemunhas oculares e servos da palavra. Lucas, embora não fosse ele mesmo testemunha ocular, recebeu testemunho dos que foram e se dedicaram a divulgar o evangelho. Tinha à disposição a pregação apostólica e as entrevistas com outros indivíduos associados ao ministério de Jesus.

Lc 1:3
investiguei tudo cuidadosamente. O relato de Lucas era exato nos pormenores históricos, tendo sido averiguado em todos os aspectos. A inspiração pelo Espírito Santo não exclui o esforço humano. O relato é completo e remonta até o próprio começo da vida terrestre de Jesus. A disposição material é ordeira e significante, sendo na maior parte cronológica.
Excelentíssimo. Paulo empregou esse termo de respeito para com os governadores Félix (At 24:3) e Festo (At 26:25).

Lc 1:4
para que tenhas certeza. Cf o propósito de João ao escrever (Jo 20:31).


2.Prefácio ao evangelho de João

João 1:4-5
4 Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens.
5 A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram.

Explicação
Jo 1:4
vida. Um dos grandes coneitos desse evangelho. O termo acha-se 36 vezes em João, ao passo que nenhum outro livro do NT o
emprega mais de 17 vezes. A vida é a dádiva de Cristo (10:28), e ele é, na realidade, “a vida” (14:6).
a luz dos homens. Esse evangelho também associa a luz de Cristo, pois dele vem a iluminação espiritual. Ele é a “luz do mundo”, que oferece maravilhosa esperança aos homens (8:12). Quanto à uma associação no AT entre vida e luz, v. Sl 36,9.
Jo 1:5
trevas. O forte contraste entre luz e trevas é tema de destaque nesse evangelho.


3.Duas genealogias de Jesus Cristo

Mateus 1:2-17
2 Abraão gerou Isaque; Isaque gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos;
3 Judá gerou Perez e Zerá, cuja mãe foi Tamar; Perez gerou Esrom; Esrom gerou Arão;
4 Arão gerou Aminadabe; Aminadabe gerou Naassom; Naassom gerou Salmom;
5 Salmom gerou Boaz, cuja mãe foi Raabe; Boaz gerou Obede, cuja mãe foi Rute; Obede gerou Jessé;
6 e Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, cuja mãe tinha sido mulher de Urias;
7 Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa;
8 Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Uzias;
9 Uzias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias;
10 Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amom; Amom gerou Josias;
11 e Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia.
12 Depois do exílio na Babilônia: Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel;
13 Zorobabel gerou Abiúde; Abiúde gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor;
14 Azor gerou Sadoque; Sadoque gerou Aquim; Aquim gerou Eliúde;
15 Eliúde gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacó;
16 e Jacó gerou José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo.
17 Assim, ao todo houve catorze gerações de Abraão a Davi, catorze de Davi até o exílio na Babilônia e catorze do exílio até o Cristo.

Lucas 3:23-38
23 Jesus tinha cerca de trinta anos de idade quando começou seu ministério. Ele era, como se pensava, filho de José, filho de Eli,
24 filho de Matate, filho de Levi, filho de Melqui, filho de Janai, filho de José,
25 filho de Matatias, filho de Amós, filho de Naum, filho de Esli, filho de Nagai,
26 filho de Maate, filho de Matatias, filho de Semei, filho de Joseque, filho de Jodá,
27 filho de Joanã, filho de Ressa, filho de Zorobabel, filho de Salatiel, filho de Neri,
28 filho de Melqui, filho de Adi, filho de Cosã, filho de Elmadã, filho de Er,
29 filho de Josué, filho de Eliézer, filho de Jorim, filho de Matate, filho de Levi,
30 filho de Simeão, filho de Judá, filho de José, filho de Jonã, filho de Eliaquim,
31 filho de Meleá, filho de Mená, filho de Matatá, filho de Natã, filho de Davi,
32 filho de Jessé, filho de Obede, filho de Boaz, filho de Salmom, filho de Naassom,
33 filho de Aminadabe, filho de Ram, filho de Esrom, filho de Perez, filho de Judá,
34 filho de Jacó, filho de Isaque, filho de Abraão, filho de Terá, filho de Naor,
35 filho de Serugue, filho de Ragaú, filho de Faleque, filho de Éber, filho de Salá,
36 filho de Cainã, filho de Arfaxade, filho de Sem, filho de Noé, filho de Lameque,
37 filho de Matusalém, filho de Enoque, filho de Jarede, filho de Maalaleel, filho de Cainã,
38 filho de Enos, filho de Sete, filho de Adão, filho de Deus.

Explicação
Mt 1:3
Tamar. Na genealogia de Mateus , quatro mulheres são mencionadas: Tamar (aqui), Raabe (v. 5), Rute (v.5) e Bat-Seba (não por nome, mas pela alusão - “Salomão, cuja mãe havia sido mulher de Urias”, v.6). Pelo menos três destas mulheres eram gentias (Tamar, Raabe e Rute). Bat-Seba era provavelmente israelita (1Cr 3:5), mas tinha estreita ligação com os heteus por causa de Urias, seu marido heteu. Mateus, ao incluir essas mulheres na sua genealogia (contrariando o costume), talvez esteja indicando desde o inicio de seu evangelho que a atividade de Deus não se limita aos homens nem ao povo de Israel.

Mt 1:4
Aminadabe. Sogro de Arão (Êx 6:23)

Mt 1:5
Raabe. V. Josué 2. Como já bastante tempo havia trasncorrido entre Raabe e Davi, e Mateus desejava organizar a matéria de
modo sistemático,muitas das gerações entre esses dois antepassados foram subentendidas, mas não alistadas por Mateus.

Mt 1:8
Jorão gerou. Mateus apresenta Jorão como pai de Uzias, mas fica claro, em conformidade 2Cr 21:4 - 26:23, que também aqui
várias gerações foram subentendidas (Acazias, Joás e Amazias); subentende-se também que “gerou” é usado no sentido que
“foi antepassado de”.

Mt 1:11
Josias gerou. Como na nota anterior, Josias é classificado como pai de Jeconias (Joaquim), ao passo que era na realidade, pai
de Jeoiaquim e avô de Joaquim (2Cr 26:1-9)

Mt 1:16
Mateus não diz que José gerou Jesus mas somente que José era o marido de Maria e que Jesus nasceu dela. Nessa genealogia, Mateus demonstra que, embora Jesus não fosse filho físico de José, é judicialmente filho, e portanto descendente de Davi.

Mt 1:17
catorze gerações [...] catorze [...] catorze. Essas divisões refletem 2 características de Mateus: 1) predileção indisfarçada por números e 2) preocupação com uma disposição sistemática. O número 14 pode ter sido escolhido por representar 2 vezes 7 (número da perfeição) e/ou por ser o valor numérico do nome de Davi.

Lc 3:23
cerca de 30 anos de idade. Lucas, historiador, relaciona o início da história de Jesus com a história mundial (cf. V. 1,2) e com o restante da vida de Jesus. Trinta era a idade em que o levita assumia o serviço (Nm 4:47) e o homem era considerado maduro. como se pensava. Lucas já afirmara o nascimento virginal (1:34-35), e aqui deixa claro de novo que José não era pai físico de Jesus.

4.César Augusto, imperador de Roma
27 a.C.-14 d.C.
NASCIMENTOS ANUNCIADOS
1. Anúncio a Zacarias acerca de João Batista
10 de outubro de 7 a.C.

Lucas 1:5-25
5 No tempo de Herodes, rei da Judéia, havia um sacerdote chamado Zacarias, que pertencia ao grupo sacerdotal de Abias; Isabel, sua mulher, também era descendente de Arão.
6 Ambos eram justos aos olhos de Deus, obedecendo de modo irrepreensível a todos os mandamentos e preceitos do Senhor.
7 Mas eles não tinham filhos, porque Isabel era estéril; e ambos eram de idade avançada.
8 Certa vez, estando de serviço o seu grupo, Zacarias estava servindo como sacerdote diante de Deus.
9 Ele foi escolhido por sorteio, de acordo com o costume do sacerdócio, para entrar no santuário do Senhor e oferecer incenso.
10 Chegando a hora de oferecer incenso, o povo todo estava orando do lado de fora.
11 Então um anjo do Senhor apareceu a Zacarias, à direita do altar do incenso.
12 Quando Zacarias o viu, perturbou-se e foi dominado pelo medo.
13 Mas o anjo lhe disse: "Não tenha medo, Zacarias; sua oração foi ouvida. Isabel, sua mulher, lhe dará um filho, e você lhe dará o nome de João.
14 Ele será motivo de prazer e de alegria para você, e muitos se alegrarão por causa do nascimento dele,
15 pois será grande aos olhos do Senhor. Ele nunca tomará vinho nem bebida fermentada, e será cheio do Espírito Santo desde antes do seu nascimento.
16 Fará retornar muitos dentre o povo de Israel ao Senhor, o seu Deus.
17 E irá adiante do Senhor, no espírito e no poder de Elias, para fazer voltar o coração dos pais a seus filhos e os desobedientes à sabedoria dos justos, para deixar um povo preparado para o Senhor".
18 Zacarias perguntou ao anjo: "Como posso ter certeza disso? Sou velho, e minha mulher é de idade avançada".
19 O anjo respondeu: "Sou Gabriel, o que está sempre na presença de Deus. Fui enviado para lhe transmitir estas boas novas.
20 Agora você ficará mudo. Não poderá falar até o dia em que isso acontecer, porque não acreditou em minhas palavras, que se cumprirão no tempo oportuno".
21 Enquanto isso, o povo esperava por Zacarias, estranhando sua demora no santuário.
22 Quando saiu, não conseguia falar nada; o povo percebeu então que ele tivera uma visão no santuário. Zacarias fazia sinais para eles, mas permanecia mudo.
23 Quando se completou seu período de serviço, ele voltou para casa.
24 Depois disso, Isabel, sua mulher, engravidou e durante cinco meses não saiu de casa.
25 E ela dizia: "Isto é obra do Senhor fez! Agora ele olhou para mim com favor, para desfazer a minha humilhação perante o povo."

Explicação
Lc 1:5
Herodes, rei da Judéia. Herodes, o Grande, reinou de 37 a 4 a.C., e seu reino também abrangia Samaria, a Galileia, boa parte da Peréia e da Celo-síria. A data aqui referida é provavelmente c.7-6 a.C.
Zacarias [...] Isabel. Ambos eram de descendência sacerdotal, da linhagem de Arão.
grupo sacerdotal de Abias. Desde os tempos de Davi, os sacerdotes estavam grupo sacerdotal organizados em 24 divisões, e
Abias era um dos “líderes das famílias dos sacerdotes” (Ne 12:12; v. 1Cr 24:10).

Lc 1:6
Justos [...] de modo irrepreensível. Não eram impecáveis, mas não deixaram de ser fiéis e leais na guarda dos mandamentos
de Deus. Simeao (2:25) e José (Mt 1:19) receberam louvor semelhante.

Lc 1:9
Um dos deveres do sumo sacerdote era manter o incenso queimando no altar diante dos Santos dos Santos. Colocava ali incenso novo antes do sacrifício da manhã, e mais uma vez depois do sacrifício da tarde (Êx 30:6-8). Em geral, seria muito raro um sacerdote ter esse privilégio, e talvez até mesmo nunca o tivesse, pois a determinação de tarefas se fazia por lançamento de sortes.

Lc 1:11
anjo do Senhor. Cf. v. 19.
à direita do altar. O lado sul, uma vez que o altar se voltava para o lado leste.

Lc 1:12
Medo. Reação comum, como aconteceu a Gideão (Jz 6:22-23) e a Manoá (Jz 13:21)

Lc 1:13
Não tenha medo. Palavra de renovo da confiança, dada muitas vezes no AT e no NT (cf. v.30; 2:10; 5:10; 8:50; 12:7,32; Gn
15:1; 21:17; 26:24; Dt 1:21; Js 8:1).
João. O nome derivado do hebraico significa “O Senhor é misericordioso”.

Lc 1:14
alegria. Tônica desses primeiros capítulos (v 14, 44, 47, 58; 2:10)

Lc 1:15
vinho nem bebida fermentada. Parece natural que João (Batista) fosse submetido ao voto nazireu de abstinência de bebidas alcoólicas (Nm 6:1-4). Nesse caso, era nazireu vitalício, como Sansão (Jz 13:4-7) e Samuel (1 Sm 1:11)

Lc 1:17
Elias. Joao (Batista) não era Elias de volta, em carne e osso fará com que os corações dos pais se voltem (Jo 1:21), mas à
semelhança desse, atuava pregando o arrependimento e, portanto, era um cumprimento de Ml 4:5-6 (v. Mt 11:14; 17:10-13).
para fazer volvar o coração dos pais aos filhos. V. Ml 4:6
Ele fará com que os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais; do contrário eu virei
e castigarei a terra com maldição."
fará com que os corações [...] se voltem. Cf. Gn 18:19; Dt 7:9-11. De acordo com Lc 1:17, João Bastista procurou realizar
essa obra. um povo preparado para o Senhor. João ajudou a cumprir a profecia de Isaías (Is 40:3-5), como demonstra Lucas em 3:4-6.

Lc 1:18
Como posso ter certeza disso? À semelhança de Abraão (Gn 15:8), de Gideão (Jz 6:17) e de Ezequias (2Rs 20:8), Zacarias
pediu um sinal (cf. 1Co 1:22).

Lc 1:19
Gabriel. O nome pode significar “Deus é meu herói” ou “poderoso homem de Deus”. Somente dois anjos tem seus nomes
identificados nas escrituras: Gabriel (Dn 8:16; 9:21) e Miguel (Dn 10:13,21; Jd 9; Ap 12:7)

Lc 1:21
O povo esperava por Zacarias. Todos esperavam que ele saisse do Lugar Santo e proferisse a benção arônica (Nm 6:24-26)

Lc 1:23
seu período de serviço. Cada sacerdote tinha a responsabilidade de cumprir uma semana de serviço no templo uma vez a cada
6 meses.

Lc 1:24
não saiu de casa. Na alegria, na devoção e na gratidão, porque o Senhor lhe tirara a esterelidade.

Lc 1:25
Senhor [...] olhou para mim [...] para desfazer a minha humilhação. A ausência de filhos não somente privava os pais da
felicidade, mas em geral era também considerada sinal do desvafor divino, muitas vezes provocando a desronra social (Gn
16:2, Sarai; 25:21, Rebeca; 30:23, Raquel; 1Sm 1:1-8, Ana; v. tb. Lv 20:20-21; Sl 128:3; Jr 22:30


2. Anúncio a Maria acerca de Jesus Cristo
Junho 6 a.C.

Lucas 1:26-38
26 No sexto mês Deus enviou o anjo Gabriel a Nazaré, cidade da Galiléia,
27 a uma virgem prometida em casamento a certo homem chamado José, descendente de Davi. O nome da virgem era Maria.
28 O anjo, aproximando-se dela, disse: "Alegre-se, agraciada! O Senhor está com você! "
29 Maria ficou perturbada com essas palavras, pensando no que poderia significar esta saudação.
30 Mas o anjo lhe disse: "Não tenha medo, Maria; você foi agraciada por Deus!
31 Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus.
32 Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi,
33 e ele reinará para sempre sobre o povo de Jacó; seu Reino jamais terá fim".
34 Perguntou Maria ao anjo: "Como acontecerá isso, se sou virgem? "
35 O anjo respondeu: "O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus.
36 Também Isabel, sua parenta, terá um filho na velhice; aquela que diziam ser estéril já está em seu sexto mês de gestação.
37 Pois nada é impossível para Deus".
38 Respondeu Maria: "Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra". Então o anjo a deixou.

Explicação
Lc 1:26-35
Essa seção trata claramente da concepção virginal de Jesus (v. 27, 34, 35; v. Mt 1:18-25). A concepção foi obra do Espírito
Santo; Jesus, a eterna segunda pessoa da trindade, embora continue sendo Deus, também “tornou-se carne” (Jo 1:14). Desde
sus concepção, era plenamente Deus e plenamente homem.

Lc 1:26
No sexto mes. Depois da concepção de João Batista.
Nazaré. V. Mt 2:23

Lc 1:27
prometida em casamento. V. Mt 1:18. Não havia relações sexuais durante o noivado judaico, mas era um relacionamento
muito mais definitivo que o noivado de hoje, só podendo ser rompido mediante o divórcio. Mateus emprega os termos “marido” (v. 19) e “esposa” (v. 24) em referência a José e Maria antes de se casarem.

Lc 1:28
Alegrem-se. Na Vulgata latina, essa palavra é Ave (de onde provém “Ave Maria”).

Lc 1:31
Jesus. V. Mt 1:21, Significa "Javé é salvação" ou "Jeová é salvação"

Lc 1:32
Filho do Altíssimo. Título com dois sentidos: 1) o divino filho de Deus e 2) o Messias nascido oportunamente. Seu messianato é claramente referido no contexto que se segue (v. 32b-33). Altíssimo. Título muitas vezes usado em referência a Deus, tanto no AT como no NT (cf. v. 35, 76; 6:35; 8:28; Gn 14:19; 2Sm 22:14; Sl 7:10)
trono. Prometido no AT ao Messias, da descendência de Davi (2Sm 7:13, 16; Sl 2:6-7; 89:26-27; Is 9:6-7)
seu pai Davi. Maria era descendente de Davi, da mesma maneia que José (v. Mt 1:16); de modo que Jesus podia ser
corretamente chamado “filho de Davi”.

Lc 1:33
para sempre. V. Sl 45:6; Ap 11:15.
seu reino jamais terá fim. Embora o papel de Cristo como mediador um dia chegue ao fim (v. 1Co 15:24-28), o reino
unificado do Pai e do Filho nunca terá fim.

Lc 1:34
Como acontecerá isso...? Maria não perguntou com incredulidade (como foi o caso de Zacarias - v. 20). Cf. v. 45.

Lc 1:35
santo. Jesus nunca pecou (2Co 5:21; Hb 4:15; 7:26; 1Pe 2:22; 1Jo 3:5)

Lc 1:36
Isabel, sua parenta. Não se sabe se era prima, tia ou se tinha outro grau de parentesco.


3. O cântico de Isabel para Maria

Lucas 1:39-45
39 Naqueles dias, Maria preparou-se e foi depressa para a uma cidade da região montanhosa da Judéia,
40 onde entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel.
41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o bebê agitou-se em seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
42 Em alta voz exclamou: "Bendita é você entre as mulheres, e bendito é o filho que você dará à luz!
43 Mas por que sou tão agraciada, a ponto de me visitar a mãe do meu Senhor?
44 Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, o bebê que está em meu ventre agitou-se de alegria.
45 Feliz é aquela que creu que se cumprirá aquilo que o Senhor lhe disse! "

Explicação
Lc 1:44
de alegria. De algum modo misterioso o Espírito Santo produziu essa reação notável no nenê ainda por nascer.


4. O Magnificat de Maria
MARIA
Famosa por: - obedecer à mensagem de Deus entregue por intermédio do anjo Gabriel - tornar-se, apesar de virgem, a mãe terrena de Jesus Cristo
- constantemente acompanhar Jesus durante toda a vida dele

Lucas 1:46-56
46 Então disse Maria: "Minha alma engrandece ao Senhor
47 e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
48 pois atentou para a humildade da sua serva. De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada,
49 pois o Poderoso fez grandes coisas em meu favor; santo é o seu nome.
50 A sua misericórdia estende-se aos que o temem, de geração em geração.
51 Ele realizou poderosos feitos com seu braço; dispersou os que são soberbos no mais íntimo do coração.
52 Derrubou governantes dos seus tronos, mas exaltou os humildes.
53 Encheu de coisas boas os famintos, mas despediu de mãos vazias os ricos.
54 Ajudou a seu servo Israel, lembrando-se da sua misericórdia
55 para com Abraão e seus descendentes para sempre, como dissera aos nossos antepassados".
56 Maria ficou com Isabel cerca de três meses e depois voltou para casa.

Explicação
Lc 1:46-55
Um dos quatro hinos preservados em Lc 1 e 2 (cf. v. 68-79; 2:14; 2:29-32). Esse hino de louvor é conhecido como Magnificat, porque na tradução em latim, a Vulgata, a primeira palavra é Magnificat, que significa “engrandece”. Esse cântico é
semelhante a um salmo e deve também ser comparado ao cântico de Ana (1Sm 2:1-10; 1Sm 2:1).

Lc 1:50
aos que o temem. Os que reverenciam a Deus e vivem em harmonia com sua vontade.

Lc 1:51
seu braço. Figura de atos poderosos de Deus. Deus não tem corpo, pois é espírito (Jo 4:24).

Lc 1:53
famintos. Tanto física quanto espiritualente (Mt 5:6; Jo 6:35). A vinda do reino de Deus prosuzirá mudanças em todas as áreas
da vida.

Lc 1:54
lembrando-se da sua misericordia. O cântico termina garantindo que Deus será leal às promessas que fez ao seu povo (Gn 22. 16-18).

Lc 1:56
três meses. Segundo parece, Maria ficou junto com Isabel até o nascimento de João Batista, depois voltando para casa em Naz
aré.

5. Nascimento e infância de João Batista
1o de outubro 6 a.C.

Lucas 1:57-80
57 Ao se completar o tempo de Isabel dar à luz, ela teve um filho.
58 Seus vizinhos e parentes ouviram falar da grande misericórdia que o Senhor lhe havia demonstrado e se alegraram com ela.
59 No oitavo dia foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias;
60 mas sua mãe tomou a palavra e disse: "Não! Ele será chamado João".
61 Disseram-lhe: "Você não há nenhum parente com esse nome".
62 Então fizeram sinais ao pai do menino, para saber como queria que a criança se chamasse.
63 Ele pediu uma tabuinha e, para admiração de todos, escreveu: "O nome dele é João".
64 Imediatamente sua boca se abriu, sua língua se soltou e ele começou a falar, louvando a Deus.
65 Todos os vizinhos ficaram cheios de temor, e por toda a região montanhosa da Judéia se falava sobre essas coisas.
66 Todos os que ouviam falar disso se perguntavam: "O que vai ser este menino? " Pois a mão do Senhor estava com ele.
67 Seu pai, Zacarias, foi cheio do Espírito Santo e profetizou:
68 "Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo.
69 Ele promoveu poderosa salvação para nós, na linhagem do seu servo Davi,
70 ( como falara pelos seus santos profetas, na antigüidade ),
71 salvando-nos dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam,
72 para mostrar sua misericórdia aos nossos antepassados e lembrar sua santa aliança,
73 o juramento que fez ao nosso pai Abraão:
74 resgatar-nos da mão dos nossos inimigos para servi-lo sem medo,
75 em santidade e justiça, diante dele todos os nossos dias.
76 E você, menino, será chamado profeta do Altíssimo, pois irá adiante do Senhor, para lhe preparar o caminho,
77 para dar ao seu povo o conhecimento da salvação, mediante o perdão dos seus pecados,
78 por causa das ternas misericórdias de nosso Deus, pelas quais do alto nos visitará o sol nascente
79 para brilhar sobre aqueles que estão vivendo nas trevas e na sombra da morte, e guiar nossos pés no caminho da paz".
80 E o menino crescia e se fortalecia no espírito; e viveu no deserto, até aparecer publicamente a Israel.

Explicação
Lc 1:59
dar-lhe o nome do pai. Prática em geral aceita naquela época, como se vê na obra de Josefo (Vida, 1).

Lc 1:62
fizeram sinais ao pai. Pressupondo, ao que tudo indica, que, se era mudo, seria também surdo.

Lc 1:63
uma tabuinha. Provavelmente coberta de cera para receber as impressões da escrita. Lc 1:67
cheio do Espírito Santo [...] profetizou. A profecia não somente prediz, mas também anuncia a palavra de Deus. Tanto Zacaria
s quanto Isabel (v. 41-45) foram capacitados pelos Espírito Santo a expressar o que, de outra forma, não poderiam ter formula
do.

Lc 1:68-79
Esse hino é chamado Benedctus (“Louvado seja”), porque a primeira palavra na Vulgata latina é Benedctus. Enquanto o Magif
icat se assemelha a um salmo, o Benedctus é mais semelhante a uma profecia.

Lc 1:80
viveu no deserto. Os pais de João, já velhos por ocasião de seu nascimento, provavelmente morreram quando ele era jovem, e, al que tudo indica, o menino cresceu no deserto da Judéia, entre Jerusalém e o mar Morto.
até aparecer publicamente. João, ao pregar e eanunciar a vinda do Messias, marcou seu aparecimento público. Estava com
cerca de 30 anos quando começou seu ministério


6. Um anjo anuncia a José a vinda do Messias

Mateus 1:18-24
18 Foi assim o nascimento de Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, mas, antes que se unissem, achou-se grávida pelo Espírito Santo.
19 Por ser José, seu marido, um homem justo, e não querendo expô-la à desonra pública, pretendia anular o casamento secretamente.
20 Mas, depois de ter pensado nisso, apareceu-lhe um anjo do Senhor em sonho e disse: "José, filho de Davi, não tema receber Maria como sua esposa, pois o que nela foi gerado procede do Espírito Santo.
21 Ela dará à luz um filho, e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados".
22 Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta:
23 "A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe chamarão Emanuel" que significa "Deus conosco".
24 Ao acordar, José fez o que o anjo do Senhor lhe tinha ordenado e recebeu Maria como sua esposa.

Explicação
Mt 1:18
prometida em casamento. Não havia relações sexuais durante o noivado judaico, mas era um relacionamento muito mais definitivo que o noivado de hoje, só podendo ser rompido mediante divórcio (cf. V. 19). Em Dt 23-24, uma mulher prometida em casamento é chamada “moça” embora o versículo anterior se refira a ela como “prometida em casamento”, Mateus emprega os termos “marido” (v. 19) e “esposa” (v. 24) em referência a José e Maria antes de se casarem.

Mt 1:19
justo. Para os judeus, significava ser zeloso, na guarda da lei.
anular o casamento secretamente. Assinaria os documentos jurídicos necessários, mas não a submeteria ao julgamento
público e ao apredejamento. (Dt 22 ;23-24).

Mt 1:20
em sonho. Essa expressão ocorre mais quatro vezes nos dois primeiros capítulos de Mt (2:12,13,19,22) e mostra o meio que o
Senhor empregou para falar com José.
filho de Davi. Talvez indício que a mensagem do anjo se relacionava com o Messias esperado.
receber Maria como sua esposa. Tinham mútua obrigação segundo a lei, mas ainda não conviviam como marido e mulher.
o que nela foi gerado procede do Espírito Santo. Isso concorda perfeitamente com o anuncio a Maria (Lc 1:35), sendo o de
Mateus mais específico

Mt 1:22
para que se cumprisse. Doze vezeso que nela foi gerado procede do Espírito Santoo que nela foi gerado procede do Espírito
Santo (aqui, 2:15,23; 3:15; 4:14; 5:17, 8:17; 12:17, 13:14,35; 21:4; 27:9) Mateus refere-se ao cumprimento do AT, i.e., de
fatos dos tempos do NT profetizados no AT - testemunho poderoso da origem divina das Escrituras e da exatidão delas até
mesmo nos mínimos detalhes. Nos cumprimentos vemos, ainda, a intensão do autor de vincular seu evangelho ao AT.

Mt 1:23
A primeira de no mínimo 47 citações - na maioria messiânicas - que Mateus extrai do AT (v. em todo livro de Mateus)