segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Recuse tudo quanto gere a opressão de outros

Mundo interior 152 - Livro: Celebração da Disciplina – mens. 137
6. A DISCIPLINA DA SIMPLICIDADE

Nono, recuse tudo quanto gere a opressão de outros. Talvez ninguém tenha corporificado mais plenamente este princípio do que John Woolman, o alfaiate quacre do século dezoito. Seu famoso Diário está cheio de ternas referências a seu desejo de viver sem oprimir a outros.
“Aqui fui levado a uma contínua e laboriosa investigação para saber se eu, como indivíduo, evitava todas as coisas que tendiam a fomentar guerras ou eram com elas relacionadas, fosse neste país ou na África; meu coração estava profundamente interessado em que no futuro eu pudesse, em todas as coisas, manter-me constante à pura verdade, e viver e andar na lisura e simplicidade de um sincero seguidor de Cristo. ... E aqui a luxúria e a cobiça, com as numerosas opressões e outros males que as acompanham, pareciam-me muito aflitivas e senti, naquilo que é imutável, que as sementes de grande
calamidade e desolação são semeadas e crescem depressa neste continente.”

Este é um dos mais difíceis e sensíveis problemas com que se defrontam os cristãos do século vinte. Em um mundo de recursos limitados, leva nossa cobiça de riqueza à pobreza de outros?
Deveríamos comprar produtos fabricados por pessoas que são forçadas a trabalhar em estúpidas linhas de montagem?
Desfrutaremos de relações hierárquicas na companhia ou na fábrica que mantêm outras pessoas sob nossas ordens? Oprimimos nossos filhos ou cônjuge porque certas tarefas estão sob nosso comando?
Muitas vezes nossa opressão vem matizada com racismo e sexo. A cor da pele ainda afeta a posição de uma pessoa na empresa. O sexo de um candidato a emprego ainda afeta o salário. Possa Deus dar-nos profetas hoje que, à semelhança de John Woolman, nos chamem “do desejo de riqueza” de sorte que possamos “quebrar o jugo da opressão”.





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