domingo, 12 de abril de 2020

BIBLIA EM ORDEM CRONOLOGICA - VT - 1-A Eternidade Passada


Introdução aos livros citados

Livro dos Salmos
Décimo nono livro da Bíblia, no livro de Salmos podemos encontrar uma coleção de hinos e orações referentes a Deus e em adoração a Ele. Em Israel, parte deste livro foi utilizada como hinário nos cultos que eram realizados.
Ao longo dos 150 capítulos, vemos os mais diversos temas sendo abordados nos salmos, entre eles: Deus, a adoração a Ele, Sua criação, o bem e o mal, guerra, a vinda do Messias, entre outros.
Neste livro, são atribuídas as autorias a Davi, que escreveu 73 salmos, Salomão, Moisés, Asafe, Hemã, os filhos de Coré e Etã. Alguns salmos não citam seus possíveis autores.
Aqui, nos é mostrada a importância de crer em Deus e da confiança que devemos ter Nele. Além disso, entendemos a necessidade de nos entregar ao Senhor, confiando e esperando pacientemente Nele e nas Suas decisões.
Outros assuntos recorrentes durante o livro de Salmos são as profecias sobre a vinda do Messias como salvador do povo, a morte e ressureição de Cristo e o seu sofrimento na cruz.
Portanto, no livro de Salmos podemos acompanhar diversos hinos e louvores em adoração a Deus, que nos mostram a importância de crer no Senhor e da Sua vinda como nosso salvador.

Livro de Gênesis
O primeiro livro da Bíblia, Gênesis, do latim “nascimento”, “origem”, retrata o princípio de tudo.
Ao longo dos 50 capítulos, podemos entender a história e os acontecimentos na criação do mundo, como tudo se originou. Deus, após criar os céus e a terra, cria o homem à sua própria imagem. Além disso, em Gênesis acompanhamos também a origem do povo de Israel.
Neste livro é descrita a transformação do caos em ordem ao longo de seis dias. No sétimo dia, havendo Deus terminado toda a Sua obra, descansou; abençoou o sétimo dia e o santificou.
Nos capítulos iniciais são mostradas informações sobre a formação do jardim do Éden e a criação de animais, árvores frutíferas, a árvore da vida e a árvore do bem e do mal (desta o homem não poderia comer). A partir disso, o Senhor cria o primeiro homem, chamado Adão, pelo pó da terra e pelo sopro do fôlego da vida em suas narinas. E da costela de Adão, o Senhor forma a mulher, chamada Eva.
Além das passagens relacionadas a criação, ao longo dos capítulos podemos conhecer também as histórias de Caim e Abel, Noé e ordem de construção da arca para salvar a criação do dilúvio, a construção da Torre de Babel, Abraão e Sara, Ló, sobrinho de Abraão, Ismael e Agar, Isaque e Rebeca, Esaú e Jacó e José.
Portanto, em Gênesis podemos conhecer a história da criação do mundo por Deus, a origem da humanidade juntamente com a origem do pecado e Seus ensinamentos ao povo de Israel.

Livro de Isaías
Vigésimo terceiro livro da Bíblia, no livro de Isaías podemos conhecer as profecias de Isaías para o povo de Israel, primeiramente para o povo de Judá, que estava enfrentando dificuldades e passando por tempos de rebeldia.
Ao longo dos 66 capítulos, o profeta deixa clara a mensagem de que as bençãos de Deus virão para aqueles que se arrependerem, mas caso a rebeldia do povo continue, sofrerão com punições. O reino estava sendo ameaçado de destruição pelos egípcios e assírios, mas Deus não permitiu que esse mal atingisse os israelitas.
Outra mensagem deixada por Isaías ao povo de Israel é a de que o Messias viria para salvar a todos. Com a vinda, Israel estaria segura e em paz, pois Ele governaria com justiça. Além disso, mostra que devido aos nossos pecados o Messias passaria por sofrimentos para que todos estivessem a salvo.
Portanto, neste livro podemos conhecer as profecias deixadas por Isaías ao povo de Israel. O profeta leva a todos a mensagem de amor a Deus e da vinda do Salvador, que morreria pelos nossos pecados. O Senhor é o caminho para a nossa salvação.


A Eternidade Passada 
A pré existência de Cristo

João 1:1-2
1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.

Explicação
Jo 1:1 
No princípio. V. Gn1:1.
Palavra. Os gregos usavam o termo não apenas no tocante à palavra falada, mas também em referência à palavra ainda na mente, a razão. Quando aplicavam ao universo, referiam-se ao próprio racional que governa todas as coisas. Os judeus, por outro lado, usavam-na como meio para se referir a Deus. João, portanto, empregou um termo significativo tanto para judeus como para gentios.
Com Deus. A palavra era distinta do Pai.
Era Deus. Jesus era Deus no sentido mais pleno (Rm 9:5) O prólogo (v 1:18) inicia-se com uma afirmação altissonante da sua divindade.


A criação
1. Declaração

Salmo 90:2
2 Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus.


2.Origem

Gênesis 1:1
1 No princípio Deus criou os céus e a terra
Explicação
Gn 1:1
Declaração sintética que introduz os seis dias da atividade criadora. A verdade deste versículo magnífico foi afirmada com júbilo
por poetas (Sl 102:25) e profetas (Is 40:21).
No princípio Deus. A Bíblia sempre toma por certo e jamais discute a existência de Deus. Embora todas as coisas tenham tido um começo, Deus sempre existiu (Sl 90:2)
No princípio. Jo1:1-10, que ressalta a obra de Cristo na criação, inicia com a mesma expressão.
Deus criou. O substantivo hebraico Elohim está no plural, mas o verbo está no singular – esse uso gramatical é comum no AT quando há referência ao Deus único e verdadeiro. Nesse caso, o uso do plural expressa intensificação e não número, sendo chamado plural de majestade ou de potencialidade. No AT hebraico, o verbo traduzido por “criar” só é usado no tocante à atividade divina, nunca à humana.
Os céus e terra. “... todas as coisas...” (Is 44:24). O fato de Deus ter criado tudo é ensinado também em Ec 11:5; Jr 10:16; Jo 1:3; Cl 1:16; e Hb 1:2. O ensino positivo e gerador de vida do v. 1 é maravilhosamente resumido em Is 45:18.


3.Satanás é expulso do céu

Isaías 14:12-17
12 Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!
13 E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.
14 Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.
15 E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.
16 Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?
17 Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de seus cativos?

Ezequiel 28:13-18
13 Você estava no Éden, no jardim de Deus; todas as pedras preciosas o enfeitavam: sárdio, topázio e diamante, berilo, ônix e jaspe, safira, carbúnculo e esmeralda. Seus engastes e guarnições eram feitos de ouro; tudo foi preparado no dia em que você foi criado.
14 Você foi ungido como um querubim guardião, pois para isso eu o determinei. Você estava no monte santo de Deus e caminhava entre as pedras fulgurantes.
15 Você era inculpável em seus caminhos desde o dia em que foi criado até que se achou maldade em você.
16 Por meio do seu amplo comércio, você encheu-se de violência e pecou. Por isso eu o lancei em desgraça para longe do monte de Deus, e eu o expulsei, ó querubim guardião, do meio das pedras fulgurantes.
17 Seu coração tornou-se orgulhoso por causa da sua beleza, e você corrompeu a sua sabedoria por causa do seu esplendor. Por isso eu o atirei à terra; fiz de você um espetáculo para os reis.
18 Por meio dos seus muitos pecados e do seu comércio desonesto você profanou os seus santuários. Por isso fiz sair de você um fogo, que o consumiu, e eu reduzi você a cinzas no chão, à vista de todos os que estavam observando.
   
Explicação
Is 14:12
estrela da manhã. A expressão hebraica é traduzida por “Lúcifer” na Vulgata latina.

Is 14:13
monte santo. O monte Zafon (v. Sl 48:1-2), também chamado Monte Cássio, ficava uns 40 km a
nordeste de Ugarite, na Síria. Os cananeus o consideravam moradia e lugar de assembleia dos deuses,
de modo semelhante ao monte Olimpo para os gregos (v. Sl 48:2 e nota) V. Sl 82:1

Is 14:16-20
Esses versículos parecem acontecer na Terra e não no âmbito dos mortos (Sheol).

Is 14:17
prisioneiros voltassem para casa. A Babilônia, assim como a Assíria, deportava grandes seguimentos
das populações derrotadas, para subjugar os rebeldes entre elas (v. 2Rs 24:14-16)

Ez 28:13
Você estava no Éden. Assim como Adão (Gn 2:15). Ezequiel continua usando a linguagem figurada da criação e da Queda para
retratar a carreira do rei de Tiro (v. 31:9, 16, 18).
Todas as pedras preciosas. Diferentemente de Adão, que andava nu (Gn 2:25), o rei é retratado como um sacerdote plenamente vestido, ordenado (v. 14) para guardar o lugar santo de Deus. As nove pedras estão entre as 12 usadas pelo sacerdote (Ex 28:17-20). (A Septuaginta alista todas as 12).
Engates e guarnições. Das pedras preciosas.
No dia em que você foi criado. Cf. v. 15; Gn 5:2

Ez 28:14
como um querubim guardião. Cf. v. 16. O relato em Gênesis menciona querubins (no plural) posicionados na fronteira do jardim
depois da expulsão de Adão e Eva (Gn 3:24). Alguns interpretam “com” em vez de “como”.
Monte santo de Deus. Cf. v. 16. Esse aspecto não reflete a história do Gênesis. V. em Is 14:13 a figura de linguagem de Deus habitando numa montanha.
Pedras fulgurantes. As pedras preciosas (v. 13; cf. Ap 4:1-11; 21:15-21).

Ez 28:15
Você era inculpável [...] até. Fica claro o paralelo com Gn 2, 3 (v. Gn 6:9; 17:1).

Ez 28:16- amplo comércio [...] encheu-se de violência. O crime principal de Tiro.

Ez 28:17- eu o atirei à terra. Expulsão do jardim celestial.


4.Julgamento da criação

Gênesis 1:2
2 Era a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
Jeremias 4:23-26
23 Olhei para a terra e ela era sem forma e vazia; e para os céus, e a sua luz tinha desaparecido.
24 Olhei para os montes e eles estavam tremendo; todas as colinas estavam oscilando.
25 Olhei, e não havia mais gente; todas as aves do céu tinham fugido em revoada.
26 Olhei, e a terra fértil era deserto; todas as suas cidades estavam em ruínas por causa do Senhor, por causa do fogo da sua ira.

Explicação
Gn 1:2
terra. O centro deste relato.
sem forma e vazia. Essa locução que só ocorre depois em Jr 4:3, dá estrutura ao restante do capítulo (cf. nota no v.11). O “separar” e o “ajuntar” que Deus realizou do primeiro ao terceiro dia produziu a forma; e o “fazer” e o “encher” do quarto ao sexto dia eliminaram o vazio.
trevas [...] abismo. Completa o quadro de um modo que aguarda a palavra de Deus para fazer raiar a luz, produzir ordem e gerar vida.
e. Ou “mas”. O quadro impressionante (e aterrorizante para o homem primitivo) do estado original da criação visível é amenizado pela proclamação majestosa de que o poderoso Espírito de Deus se move sobre a criação. Essa proclamação antecede as palavras criadoras que Deus profere em seguida.
Espírito de Deus. Estava atuante na criação, e seu poder criador continua até hoje (v. Jó 33:4; Sl 104:30).
se movia sobre. Como uma ave que sustenta seus filhotes e os protege (v. Dt 32:11; Is 31:5). A figura de linguagem pode também evocar o disco alado do sol, que em todo o Oriente Médio era símbolo da majestade divina.

Jr 23-26
A repetição notável de “Olhei” no início de cada versículo é fator unificante nesse poema, ressaltando seu caráter visionário, enquanto o profeta vê a pátria amada em ruínas depois da violenta invasão babilônica. A criação, por assim dizer, tinha sido revertida.

Jr 4:23
sem forma e vazia. A expressão ocorre novamente apenas em Gn 1:2. Na visão de Jeremias, voltou o caos primevo.
sua luz tinha desaparecido. Cp. Gn 1:3.

Jr 4:25
não havia mais gente. A mesma expressão hebraica ocorre novamente somente em Gn 2:5, em que é traduzido por “não havia
homem”. De novo, a “não criação” substituiu a criação.

Jr 4:26
terra fértil. É antônimo de deserto.
fogo da sua ira. Cf. v.8; Is 13:13.


5.Terra criada para habitação

Isaías 45:18
18 Pois assim diz o Senhor, que criou os céus, ele é Deus; que moldou a terra e a fez, ele a fundou; ele não a criou para estar vazia, mas a formou para ser habitada; ele diz: "Eu sou o Senhor, e não há nenhum outro.

Gênesis 2:4
4 Esta é a história das origens dos céus e da terra, no tempo em que foram criados: Quando o Senhor Deus fez a terra e os céus,

Explicação
Is 45:18
criou [...] moldou. V. 40:21-22.
vazia. Ou “informe”, ou caótica (v. Gn 1:2).
a formou para ser habitada. A palestina agora estava vazia (v. 6:11; Jr 4:23-26) e caótica, mas em breve teria habitantes (v. 44:26,28) e voltaria a ter ordem.

Gn 2:4
história. Essa palavra ocorre em Genesis no começo de seis das dez seções principais;
registro, que traduz a mesma palavra hebraica, ocorre outras quatro vezes, tendo no livro o mesmo sentido e propósito.
dos céus e da terra. Todas as coisas. A expressão “história das origens dos céus e da terra” introduz o registro do que aconteceu à criação divina. A praga do pecado e da rebelião provocou 3 maldições que mancham a história de Adão e Eva no bom e lindo jardim de Deus: 1) contra Satanás (3:14), 2) contra a terra, por causa do homem (3:17), e 3) contra Caim (4:11). Gn 1:1 - 2:3 é um relato geral da criação, ao passo que 2:4- 4:26 centraliza-se no começo da história da humanidade.
Senhor Deus. “Senhor” (hebr. YHWH, “Iavé”) é o nome de Deus usado na aliança (Jeová: “Ele é”; “Ele será”; quando Deus fala de si mesmo “Eu sou”), o que ressalta seu papel como Redentor de Israel e Senhor segundo a aliança (v. Ex 6:6), ao passo que “Deus” (hebr., Elohim) é termo genérico. Os dois nomes ocorrem milhares de vezes no AT e muitas vezes, como no presente caso, aparecem juntos – o que mostra claramente que se referem ao mesmo único e verdadeiro.


Da Criação ao Dilúvio - 3975 - 2319 a.C
A criação
1. Os primeiros cinco dias
(de 24 horas)

A. O primeiro dia - 3976 a.C

Gênesis 1:2-5
2 Era a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
3 Disse Deus: "Haja luz", e houve luz.
4 Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas.
5 Deus chamou à luz dia, e às trevas chamou noite. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o primeiro dia.

Explicação
Gn 1:2
terra. O centro deste relato.
sem forma e vazia. Essa locução que só ocorre depois em Jr 4:3, dá estrutura ao restante do capítulo (cf. nota no v.11). O “separar” e o “ajuntar” que Deus realizou do primeiro ao terceiro dia produziu a forma; e o “fazer” e o “encher” do quarto ao sexto dia eliminaram o vazio.
trevas [...] abismo. Completa o quadro de um modo que aguarda a palavra de Deus para fazer raiar a luz, produzir ordem e gerar vida.
e. Ou “mas”. O quadro impressionante (e aterrorizante para o homem primitivo) do estado original da criação visível é amenizado pela proclamação majestosa de que o poderoso Espírito de Deus se move sobre a criação. Essa proclamação antecede as palavras criadoras que Deus profere em seguida.
Espírito de Deus. Estava atuante na criação, e seu poder criador continua até hoje (v. Jó 33:4; Sl 104:30).
se movia sobre. Como uma ave que sustenta seus filhotes e os protege (v. Dt 32:11; Is 31:5). A figura de linguagem pode também evocar o disco alado do sol, que em todo o Oriente Médio era símbolo da majestade divina.

Gn 1:3
Disse Deus. Simplesmente ao falar Deus trouxe todas as coisas à existência (Sl 33:6,9; 148:5; Hb 11:3).
Haja luz. A primeira palavra criadora de Deus fez nascer a luz em meio as trevas primitivas. A luz é necessária para tornar visíveis as obras criadoras de Deus e para possibilitar a vida. No AT, também simboliza a vida e a benção (v. 2Sm 22:29; Jó 3:20; 30:26; 33:30; Sl 49:19; 56:13; 97:11; 112:4; Is 53:11; 58:8,10; 59:9; 60:1,3). Paulo emprega a palavra para ilustrar a obra de Deus em recriar os corações que haviam sido escurecidos pelo pecado (2Co 4:6).

Gn 1:4
Tudo o que Deus criou é bom (cf. v. 10,12,18,21,25). A conclusão até mesmo declara que “tudo havia ficado muito bom” (v. 31). A criação, como foi formada e ordenada por Deus, não possuía o menor vestígio de forças tenebrosas e ameaçadoras que se organizassem contra Deus ou o homem. Até mesmo as trevas e o abismo receberam funções benévolas num mundo criado para abençoar e sustentar a vida (v. Sl 104:19-26; 127:2)

Gn 1:5
chamou. Cf. v. 8,10. Na antiguidade, dar nome a uma pessoa ou a um objeto implicava em ter domínio ou posse (v. 17:5,15; 41:45; 2Rs 23:34; 24:17; Dn 1:7). Tanto o dia quanto a noite pertencem ao Senhor (Sl 74:16).
primeiro dia. Alguns dizem que 6 Depois disse Deus: "Haja entre as águas um firmamento que separe águas de águas".
7 Então Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam embaixo do firmamento das que estavam por cima. E assim foi.
8 Ao firmamento Deus chamou céu. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o segundo dia.
os dias da criação eram de 24 horas; para outros, tratava-se de períodos indefinidos.


B. O segundo dia

Gênesis 1:6-8
6 Depois disse Deus: "Haja entre as águas um firmamento que separe águas de águas".
7 Então Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam embaixo do firmamento das que estavam por cima. E assim foi.
8 Ao firmamento Deus chamou céu. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o segundo dia.

Explicação
Gn 1:6
firmamento. Atmosfera, ou “céu” (v. 8), conforme vista da terra. “... duros como espelhos de bronze” (Jó 37:18) e “como um
forro” (Is 40:22) estão entre as muitas formas pictóricas usadas em referência a ele.

Gn 1:7
E assim foi. O único resultado possível quer declarado (v. 9, 11, 15, 24, 30), quer subentendido, do “Haja” proferido por Deus.

C. O terceiro dia

Gênesis 2:5-6
5 ainda não tinha brotado nenhum arbusto no campo, e nenhuma planta havia germinado, porque o Senhor Deus ainda não tinha feito chover sobre a terra, e também não havia homem para cultivar o solo.
6 Todavia brotava água da terra e irrigava toda a superfície do solo.

Gênesis 1:9-13
9 E disse Deus: "Ajuntem-se num só lugar as águas que estão debaixo do céu, e apareça a parte seca". E assim foi.
10 À parte seca Deus chamou terra, e chamou mares ao conjunto das águas. E Deus viu que ficou bom.
11 Então disse Deus: "Cubra-se a terra de vegetação: plantas que dêem sementes e árvores cujos frutos produzam sementes de acordo com as suas espécies". E assim foi.
12 A terra fez brotar a vegetação: plantas que dão sementes de acordo com as suas espécies, e árvores cujos frutos produzem sementes de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom.
13 Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o terceiro dia.

Explicação
Gn 1:9
num só lugar. Modo pitoresco de se referir aos “mares” (v. 10) que cercam por todos os lados a terra seca e para onde fluem as águas dos lagos e dos rios. A terra foi “formada de água” (2Pe 3:5) e fundada “sobre os mares” (Sl 24:2), e as águas não devem ultrapassar as fronteiras estabelecidas para elas (Sl 104:7-9; Jr 5:22).

Gn 1:11
disse Deus. Expressão usada duas vezes no terceiro dia (v. 9, 11) e três (v. 24, 26, 29) no sexto dia. Esses dois dias são de vital
importância, como revela a seguinte estrutura do cap 1 (cf. v. 2 quanto a “sem forma e vazia”):


Dias de formação
Dias de preenchimento
1- “luz” (v. 3)
4- “luminares” (v. 14)
2- “águas [...] abaixo do firmamento das que ficaram por cima” (v.7)
5- “seres vivos que povoam as águas [...] todas as aves (v. 21)
3a- “a parte seca” (v.9)
6a 1- “rebanhos domésticos, animais selvagens e os demais seres vivos da Terra” (v. 24)
6a 2- “o homem” (v. 26)
3b- “vegetação (v.11)
6b- “todos os vegetais como alimento” (v.30)
             
Tanto o relacionamento horizontal quanto o vertical entre os dias demonstra a beleza literária do capítulo, ressaltando a ordem e a 
simetria da atividade criadora de Deus.
espécies. Cf. v. 12,21,24-25. Tanto a criação quanto a reprodução são ordeiras.


D. O quarto dia

Gênesis 1:14-19
14 Disse Deus: "Haja luminares no firmamento do céu para separar o dia da noite. Sirvam eles de sinais para marcar estações, dias e anos,
15 e sirvam de luminares no firmamento do céu para iluminar a terra". E assim foi.
16 Deus fez os dois grandes luminares: o maior para governar o dia e o menor para governar a noite; fez também as estrelas.
17 Deus os colocou no firmamento do céu para iluminar a terra,
18 governar o dia e a noite, e separar a luz das trevas. E Deus viu que ficou bom.
19 Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o quarto dia.

Explicação
Gn 1:914
Sirvam eles de sinais. Para os fins aqui mencionados, não em sentido astrológico ou o que o valha.

Gn 1:16
dois grandes luminares. As palavras “sol” e “lua” parecem deliberadamente evitadas aqui, visto que as duas eram usadas como
nomes próprios nas deidades pagãs associadas a esses corpos celestes. São luminares para ser apreciados, e não poderes para ser
temidos – pois foi o Deus único e verdadeiro quem os criou (v. Is 40:26). Talvez por causa do realce dispensado ao luminar maior
e ao luminar menor, as estrelas parecem mencionadas quase como reflexão posterior. Sl 136:9 mostra que as estrelas ajudam a lua
a governar a noite.
governar. O grande Rei-Criador determina papeis reguladores secundários a algumas de suas criaturas (cf. v. 26,28)

Gn 1:17-18
As três principais funções dos corpos celestes.


E. O quinto dia

Gênesis 1:20-23
20 Disse também Deus: "Encham-se as águas de seres vivos, e sobre a terra voem aves sob o firmamento do céu".
21 Assim Deus criou os grandes animais aquáticos e os demais seres vivos que povoam as águas, de acordo com as suas espécies; e todas as aves, de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom.
22 Então Deus os abençoou, dizendo: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham as águas dos mares! E multipliquem-se as aves na terra".
23 Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o quinto dia.

Explicação
Gn 1:21
animais aquáticos. A palavra hebraica assim traduzida era usada na mitologia cananéia como nome de um temido monstro marinho. Esse suposto monstro é muitas vezes mencionado figuradamente nas poesias do AT como símbolo de um dos adversários mais poderoso de Deus. É retratado como nacional (Babilônia, Jr 51:34; Egito, Is 51:9; Ez 29:3; 32:2) ou cósmico (Jó 7:12; Sl 74:13; Is 27:1, embora para alguns esta última referência diga respeito ao Egito). Em Gênesis no entanto as criaturas do mar são relatadas não como inimigos a ser temidos, mas como parte da boa criação de Deus, para ser apreciadas.
aves. O termo abrange o que voa, inclusive insetos (v. Dt 14:19-20)

Gn 1:22
Sejam férteis e multipliquem-se! A benção de Deus sobre os seres vivos que habitam as águas e voam pelo ar. Por esta benção, vicejam e enchem de vida esses dois ambientes. O governo de Deus sobre o seu domínio criado promove e abençoa a vida.


2. O sexto dia
3975 a.C

A- Os animais
Gênesis 1:24-25
24 E disse Deus: "Produza a terra seres vivos de acordo com as suas espécies: rebanhos domésticos, animais selvagens e os demais seres vivos da terra, cada um de acordo com a sua espécie". E assim foi.
25 Deus fez os animais selvagens de acordo com as suas espécies, os rebanhos domésticos de acordo com as suas espécies, e os demais seres vivos da terra de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom.


B- O homem (64ª geração)
[aprox. 30 anos]

Gênesis 1:26
26 Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão".
Gênesis 2:7
7 E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
Gênesis 5:1
1 Este é o livro das gerações de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez.

Explicação
Gn1:26
Façamos [...] nossa [...] nossa. Deus fala como Rei-Criador, anunciando aos membros de sua corte celeste a sua obra suprema (v. 3:22; 11:7; Is 6:8; v. tb. 1Rs 22:19-23; Jó 15:8; Jr 23:18)
Imagem [...] semelhança. Nenhuma distinção deve ser feita entre “imagem” e “semelhança” sinônimos tanto no AT (5:1; 9:6) quanto no NT (1Co 11:7; Cl 3:10; Tg 3:9). Como o homem é feito à imagem de Deus, todo ser humano é digno de honra e de respeito; não deve ser assassinado (9:6) nem amaldiçoado (tg 3:9). “Imagem” inclui características como “justiça [...] santidade” (ef 4:24) e “conhecimento” (Cl 3:10). Os crentes devem ser conformes à imagem de Cristo (Rm 8:29) e um dia serão semelhantes a ele (1Jo 3:2).

Gn 2:7
formou. O original hebraico deste verbo era em geral usado em referência à obra do oleiro (v. Is 45:9; Jr 18:6), que molda vasos a partir do barro (v. Jó 33:6). “Fazer” (1:26), “criar” (1:27) e “formar” são usados em referência à criação do homem e dos animais por Deus (v. 19; 1:21,25)
fôlego de vida. Homens e animais tem igualmente em si o fôlego de vida (v. 1:30; Jó 33:4)
O homem se tornou um ser vivente. A expressão hebraica aqui traduzida por “ser vivente” é traduzida por “seres vivos” em 1:20,24. As palavras de 2:7, portanto, fazem supor que as pessoas, pelo menos fisicamente, têm afinidade com os animais. A grande diferença é que o homem é feito “à imagem de Deus” (1:27) e tem um relacionamento absolutamente incomparável tanto com Deus, na qualidade de servo deste, quanto com as outras criaturas, na condição de mordomo delas divinamente nomeados (Sl 8:5-8).


C- O jardim do Éden
3975 a.C

8 Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden, para os lados do leste; e ali colocou o homem que formara.
9 O Senhor Deus fez nascer então do solo todo tipo de árvores agradáveis aos olhos e boas para alimento. E no meio do jardim estavam a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal.
10 No Éden nascia um rio que irrigava o jardim, e depois se dividia em quatro.
11 O nome do primeiro é Pisom. Ele percorre toda a terra de Havilá, onde existe ouro.
12 O ouro daquela terra é excelente; lá também existem o bdélio e a pedra de ônix.
13 O segundo, que percorre toda a terra de Cuxe, é o Giom.
14 O terceiro, que corre pelo lado leste da Assíria, é o Tigre. E o quarto rio é o Eufrates.
15 O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo.
16 E o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim,
17 mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá".

Explicação
Gn 2:8
para os lados do leste. Da perspectiva do autor de Gênesis. O jardim talvez ficasse perto do lugar em que se encontram os rios Tigre e Eufrates (cf. v 14), na região em que hoje fica o sul do Iraque.
Éden. Sinônimo de “paraíso”, relacionado com 1) uma palavra hebraica que significa “bem-aventurança” ou “deleite” ou com 2) uma palavra mesopotâmica que significa “planície”. É possível que o autor queira, de modo sutil, apresentar os dois sentidos.

Gn 2:9
árvore da vida. Significa a vida e a concessão da vida, sem morte, para os que comerem de seus frutos (v. 3:22; Ap 2:7; 22:2,14).
árvore do conhecimento do bem e do mal. Significa conhecimento do bem e do mal e a concessão desse conhecimento, o que acaba levando à morte dos que comerem de seus frutos (v. 17; 3:3). O “conhecimento do bem e do mal” refere-se ao conhecimento moral ou ao discernimento ético (v. Dt 1:39; Is 7:15-16). Adão e Eva tinham vida e discernimento moral, pois provinham das mãos de Deus. O acesso deles à árvore da vida demonstrou que vida era o desejo e a intenção de Deus para eles. Para os antigos pagãos, os deuses pretendiam que o homem sempre fosse mortal. Ao comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, Adão e Eva buscavam uma fonte humana de conhecimento, para ser moralmente independente de Deus.

Gn 2:11
Pisom. Localização desconhecida. A palavra hebraica pode ser um substantivo que significa “poço jorrante”.
Havilá. Localização desconhecida; talvez mencionado de novo em 10:29. Provavelmente não deve ser confundido com o Havilá de 10:7, que ficava no Egito.

Gn 2:13
Giom. Localização desconhecida. A palavra pode ser um substantivo comum que significa “jorrador”. O Pisom e o Giom talvez fossem córregos da baixa Mesopotânia, nas proximidades do golfo Pérsico. Os nomes pertencem aos dias em que Moisés escreveu.

GN 2:14
Assíria. Ou “Assur”, que é a antiga capital da Assíria (os dois nomes são correlatos entre si).
Eufrates. Muitas vezes é chamado simplesmente “o Rio” (1Rs 4:21, 24), graças ao seu tamanho e importância.

Gn 2:15
cuidar [...] cultivá-lo. O homem agora está encarregado de governar a terra de modo responsável, debaixo da soberania de Deus.

Gn 2:16
qualquer árvore. Incluindo-se a da vida (v. 9).

Gn 2:17
certamente você morrerá. Embora a serpente depois negasse o fato (3:4), a desobediência a Deus por fim resulta em morte.


D- Deus cria a mulher

Gênesis 2:18-25
18 Então o Senhor Deus declarou: "Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda".
19 Depois que formou da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu, o Senhor Deus os trouxe ao homem para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a cada ser vivo, esse seria o seu nome.
20 Assim o homem deu nomes a todos os rebanhos domésticos, às aves do céu e a todos os animais selvagens. Todavia não se encontrou para o homem alguém que o auxiliasse e lhe correspondesse.
21 Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne.
22 Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a trouxe a ele.
23 Disse então o homem: "Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada".
24 Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.
25 O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha.

Explicação
Gn 2:15-25
Único relato completo da criação da mulher em toda a literatura do antigo Oriente Médio.

Gn 2:18
Não é bom [...] esteja só. Sem companhia feminina e sem parceira na reprodução, o homem não pode viver plenamente sua condição de ser humano.

Gn 2:19
lhes chamaria. Seu primeiro ato de domínio sobre as criaturas ao redor.

Gn 2:24
deixará pai e mãe. Em vez de permanecer debaixo da custódia protetora dos pais, o homem os deixa e, junto com a mulher, nova unidade familiar.
se unirá [...] uma só carne. A intenção divina para o marido e a mulher era a monogamia. Juntos deveriam formar uma união inseparável, da qual “uma só carne” é tanto sinal quanto manifestação.

Gn 2:25
nus, e não sentiam vergonha. A ausência de vergonha, que representava inocência moral, seria perdida em breve em consequência do pecado (v. 3:7)


E- A criação é concluída
1) Os nomes

Gênesis 1:27
27 Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.

Gênesis 5:2
2 homem e mulher os criou. Quando foram criados, ele os abençoou e os chamou Homem.

Gênesis 3:20
20 Adão deu à sua mulher o nome de Eva, pois ela seria mãe de toda a humanidade.
Explicação
Gn 1:27
Esse versículo altamente significativo é a primeira ocorrência poética no AT (cujo conteúdo consiste em cerca de 40% de poesia) .
Criou. A palavra é usada aqui 3 vezes em referência ao ato divino central do sexto dia.
Homem e mulher. Eles têm em si, de modo igual, a imagem de Deus, e juntos participam da bênção divina que se segue.

Gn 5:2
Homem. Nos primeiros capítulos de Gênesis, muitas vezes se refere aos dois sexos (humanidade) (3:22-24).


Primeira dispensação Inocência 
2) O domínio do homem sobre a crição

Gênesis 1:28-30
28 Deus os abençoou, e lhes disse: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra".
29 Disse Deus: "Eis que lhes dou todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas servirão de alimento para vocês.
30 E dou todos os vegetais como alimento a tudo o que tem em si fôlego de vida: a todos os grandes animais da terra, a todas as aves do céu e a todas as criaturas que se movem rente ao chão". E assim foi.

Explicação
Gn 1:28
Deus os abençoou [...] Encham [...] subjuguem [...] Dominem. O homem começa a sua jornada com essa benção divina – viceja, encha a Terra com seus semelhantes e exerce domínio sobre as demais criaturas terrestres (cf. v. 26; 2:15; Sl 8:6-8) A cultura humana, portanto, não é contrária a Deus (embora o homem caído tenha muitas vezes transformado seus esforços em rebelião orgulhosa contra Deus) Pelo contrário é a manifestação de um homem que tem a imagem do seu Criador e compartilha, como servo de Deus, do governo soberano deste. Como representante de Deus no âmbito da criação, é mordomo das criaturas de Deus. Não deve explorá-las ou destruí-las, mas cuidar delas usá-las a serviço de Deus e do homem.

Gn 1:29-30
As pessoas e os animais parecem ser retratados como vegetarianos, a princípio (v. 9:3)

3) Complemento da criação
Gênesis 1:31
31 E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia.
Gênesis 2:1
1 Assim foram concluídos os céus e a terra, e tudo o que neles há.
João 1:3
3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito.
Explicação
Gn 1:31
o sexto dia. Talvez para ressaltar o caráter definitivo e a importância desse dia, é o único dos dias da criação no texto hebraico a receber artigo definido.


3. O sétimo dia, o sábado
3975 a.C.

Gênesis 2:2-3
2 No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou.
3 Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação.

Êxodo 20:11
11 Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe, mas no sétimo dia descansou. Portanto, o Senhor abençoou o sétimo dia e o santificou.
Explicação
Gn 2:2
concluido [...] descansou. Deus descansou no sétimo dia, não por estar cansado, mas porque não sobrava mais nada sem forma ou vazio. Sua obra criadora já estava concluída – sendo de todo eficaz, absolutamente perfeita, muito boa (1:31). Não tinha de ser repetida, consertada ou revista, e o Criador descansou para comemorá-la.

Gn 2:3
Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou [...] descansou. Embora a palavra “sábado” não seja empregada aqui, o verbo hebraico traduzido por “descansou” (cf. v. 2) está na origem do substantivo hebraico traduzido por “sábado”. O primeiro registro de sua observância obrigatória do sábado refere-se à ocasião em que Israel ia do Egito para o Sinai (Ex 16), e, de acordo com Ne 9:13-14, observar o sábado não foi uma obrigação oficial e pactual enquanto não houve a outorga da lei, no monte Sinai.

Nenhum comentário:

Postar um comentário