quarta-feira, 25 de julho de 2012

A teimosia de Deus


Para que servem as lágrimas? Certamente que elas não caem em vão!

Serão sempre sementes de vida.

Elas não só molham o rosto, mas também nutrem a alma.

Chorar é estar vivo.

É expressão de sentimento, e não atestado de fraqueza.

Só os vivos lamentam, caem, levantam-se e andam de novo.  

Os mortos não choram.

Sendo assim, acredito que Deus, às vezes, permite-nos as lágrimas para nos lembrarmos de que ainda estamos vivos.

Ao vivenciarem situações amargas, tais como um luto inesperado, a ruptura de um relacionamento, decepções amorosas, perdas materiais significativas e muitas outras experiências adversas, algumas pessoas são tomadas e dominadas por uma sensação de vazio, de perda de sentido.

Não raro, são vencidas pela desmotivação generalizada.

Nem mesmo a dimensão da fé lhes é poupada da experiência do fracasso.

Imaginam-se abandonadas por Deus e perdem o estímulo para crer.

Silenciam a voz do louvor e desviam os olhos do céu, como quem não tem mais esperança alguma.

É bem verdade que o sofrimento intenso deixa marcas profundas em nós. Corpo, alma e espírito são atingidos.

Um sentimento de abandono e uma sensação de fracasso e inutilidade invadem o coração.

A alma fica ao relento.

Por causa da vida marcada por dissabores, em algumas pessoas, as lágrimas tendem a apagar as marcas da fé, sobretudo naquelas em que a fé não é fruto de uma experiência com Deus, mas de uma tradição religiosa, uma espécie de herança cultural, familiar.



Incredulidade e o fracasso andam sempre juntos. Todavia, a fé insiste em permanecer viva para fazer diferença.

É aquela voz, muitas vezes abafada pelo silêncio da perplexidade e do medo, que grita dentro de nós, despertando a alma para sonhar outra vez.

A fé sempre emerge, sobrevivente, dentre os escombros do coração.

É uma voz inquietante que não se deixa silenciar. É o barulho de Deus no coração da gente, fazendo-nos ouvir os sons da esperança.



O Senhor não desiste de nós. Logo, não faz qualquer sentido deixar-se dominar pela tristeza, pela solidão, pela apatia e pelo desejo de não viver. O descaso com a vida é uma forma disfarçada e lenta de suicídio.

Só os fracos desejam morrer, são ávidos em desistir. Onde, então, buscar forças necessárias para a superação da dor e para a restauração dos sonhos? Somente em Deus! Ele é a grande fonte de nossa vitória. O Senhor não desiste de nós!

Quem redescobre o caminho da fé, pega carona nas asas da esperança. Como águia, voa sobre os montes, sobrevoa todas as barreiras da vida. Passa a conhecer novas estradas, pavimentadas de luz e adornadas pelas cores da alegria, do louvor e da esperança.

Anda segurando na mão de Deus. Sabe que é um vencedor.

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