B. Ensinando na sinagoga de Cafarnaum
Marcos 1:21-22
21 Eles foram para Cafarnaum e, assim que chegou o sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar.
22 Todos ficavam maravilhados com o seu ensino, porque lhes ensinava como alguém que tem autoridade e não como os mestres da lei.
Lucas 4:31-32
31 Então ele desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e, no sábado, começou a ensinar o povo.
32 Todos ficavam maravilhados com o seu ensino, porque falava com autoridade.
Explicação
Mc 1:21
sinagoga. Instituição religiosa importantíssima entre os judeus daqueles dias. Teve origem durante o exílio e servia de local onde os judeus podiam estudar as Escrituras e adorar a Deus. A sinagoga podia ser estabelecida em qualquer cidade em que houvesse pelo menos dez homens judeus casados.
começou a ensinar. Jesus, assim como Paulo (v. At 13:15; 14:1; 17:2;18:4), aproveitou o costume de permitir que mestres visitantes participassem do culto de adoração ao ser convidados pelos líderes da sinagoga.
Mc 1:22
maravilhados. Marcos relatava muitas vezes o espanto que os ensinos e ações de Jesus geravam (v.2:12; 5:20,42; 6:2,51; 7:37; 10:26; 11:18; v. tb. 15:5). Nesses casos, era a autoridade inerente de Jesus que deixava as pessoas maravilhadas. Ele não citava autoridades humanas, como os mestres da lei, porque sua autoridade provinha diretamente da parte de Deus.
C. A expulsão de um espírito imundo (M-4)
Marcos 1:23-28
23 Justamente naquela hora, na sinagoga, um homem possesso de um espírito imundo gritou:
24 "O que queres conosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Sei quem tu és: o Santo de Deus! "
25 "Cale-se e saia dele! ", repreendeu-o Jesus.
26 O espírito imundo sacudiu o homem violentamente e saiu dele gritando.
27 Todos ficaram tão admirados que perguntavam uns aos outros: "O que é isto? Um novo ensino — e com autoridade! Até aos espíritos imundos ele dá ordens, e eles lhe obedecem! "
28 As notícias a seu respeito se espalharam rapidamente por toda a região da Galileia.
Lucas 4:33-37
33 Na sinagoga havia um homem possesso de um demônio, de um espírito imundo. Ele gritou com toda a força:
34 "Ah! que queres conosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Sei quem tu és: o Santo de Deus! "
35 Jesus o repreendeu, e disse: "Cale-se e saia dele! " Então o demônio jogou o homem no chão diante de todos, e saiu dele sem o ferir.
36 Todos ficaram admirados, e diziam uns aos outros: "Que palavra é esta? Até aos espíritos imundos ele dá ordens com autoridade e poder, e eles saem! "
37 E a sua fama se espalhava por toda a região circunvizinha.
Explicação
Mc 1:23
na sinagoga um homem [...] gritou. Foi na verdade o demônio quem gritou.
possesso por um espírito imundo. A possessão demoníaca tinha por objetivo atormentar e destruir os criados à imagem de Deus, mas o demônio reconheceu que Jesus era um adversário poderoso com a capacidade de destruir as forças de Satanás.
Mc 1:24
o santo de Deus. A não ser no texto correspondente de Lc 4:34, o título é usado somente em Jo 6:69 e sugere origem divina de Cristo mais que seu messianato (v. Lc 1:35). O nome foi usado pelos demônios de acordo com a crença de ocultismo de que o uso exato do nome de uma pessoa oferecia certo controle sobre ela. O homem estava possesso de mais de um demônio (v.5:9), mas somente um deles falou.
Mc 1:25
Cale-se. Lit., “Seja amordaçado”. O poder superior de Jesus silencia os gritos estridentes do endemoniado.
Mc 1:27
com autoridade. A autoridade de Jesus em seu modo de ensinar (v. 22) e em seu procedimento (aqui) impressionou o povo.
Lc 4:33
possesso de um demônio. Para os pagãos, “demônio” significava ser sobrenatural, quer bom, quer mau, mas Lucas deixa claro que esse era um espírito maligno. Esses demônios podiam provocar distúrbios mentais (Jo 10:20), ação violenta (Lc 8:26-29), enfermidades físicas (13:11-16) e rebelião contra Deus (Ap 16:14).
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