domingo, 14 de fevereiro de 2021

BIBLIA EM ORDEM CRONOLOGICA - A mulher flagrada em adultério

 

B. A mulher flagrada em adultério

22 de outubro de 28* d.C.

 

João 8:1-11

1 Jesus, porém, foi para o monte das Oliveiras.

2 Ao amanhecer ele apareceu novamente no templo, onde todo o povo se reuniu ao seu redor, e ele se assentou para ensiná-lo.

3 Os mestres da lei e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher surpreendida em adultério. Fizeram-na ficar em pé diante de todos

4 e disseram a Jesus: "Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério.

5 Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E o senhor, que diz? "

6 Eles estavam usando essa pergunta como armadilha, a fim de terem uma base para acusá-lo. Mas Jesus inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo.

7 Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse: "Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela".

8 Inclinou-se novamente e continuou escrevendo no chão.

9 Os que o ouviram foram saindo, um de cada vez, começando com os mais velhos. Jesus ficou só, com a mulher em pé diante dele.

10 Então Jesus pôs-se de pé e perguntou-lhe: "Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou? "

11 "Ninguém, Senhor", disse ela. Declarou Jesus: "Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado".

 

 

Explicação

Jo 7:53—8:1-11

É possível que essa história não pertencesse originalmente a João. Não consta na maioria dos manuscritos mais antigos, e alguns deles às vezes a situam em outro lugar (e.g., depois de Lc 21:38). É bem possível, porém, que a história seja digna de confiança.  

 

Jo 8:3

uma mulher surpreendida em adultério. Esse pecado não pode ser cometido sozinho, de modo que surge a pergunta: “Por que só um dos culpados foi trazido?”. O episódio foi montado como armadilha para Jesus (v. 6), e se tomaram providências para deixar escapar o homem envolvido. Os acusadores da mulher devem ter tido muita vontade de humilhá-la, pois de outra forma a teriam mantido sob custódia enquanto conversavam com Jesus.   

 

Jo 8:4

surpreendida em ato. Circunstâncias comprometedoras não bastavam como prova, pois a lei judaica exigia testemunhas que tivessem visto o ato.

 

Jo 8:5

apedrejar tais mulheres. Alteraram um pouco a lei. O modo da execução só estava preceituado para a mulher virgem já noiva (Dt 22:23-24). A lei ainda exigia a execução das duas partes (Lv 20:10; Dt 22:22), não somente da mulher.

 

Jo 8:6

usando essa pergunta como armadilha. Os romanos não permitiam que os judeus executassem a pena de morte (18:31), de modo que, se Jesus tivesse aconselhado apedrejá-la, poderia ter entrado e conflito com os romanos. Se tivesse aconselhado não apedrejá-la, seria acusado de estar contra a lei de Moisés.

começou a escrever. O que Jesus escreveu no chão é questão de conjectura.

 

Jo 8:7

seja o primeiro. A resposta de Jesus desarmou-os. Como falou em jogar a pedra, não poderia ser acusado de deixar de sustentar a lei. Mas a restrição para atirá-la deixou todos impedidos de agir.

sem pecado. Expressão bem geral; significa “sem pecado nenhum” e não “sem esse pecado específico”.

 

Jo 8:9

começaram a ir embora. Porque não estavam “sem pecado” (v. 7).

os mais velhos. Eram os primeiros a reconhecer o que estava em questão. Mas todos os homens ficaram com a consciência ferida, ou com medo, e no fim só ficaram ali Jesus e a mulher.   

 

Jo 8:10

Mulher. Não era um modo severo de tratamento (cf. seu emprego em 19:26).

 

Jo 8:11

Agora vá e abandone sua vida de pecado. Jesus não apoiou o que a mulher fizera.

 

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