B. A mulher flagrada em adultério
22 de outubro de 28* d.C.
João 8:1-11
1 Jesus, porém, foi para o monte das Oliveiras.
2 Ao amanhecer ele apareceu novamente no templo, onde todo o povo se reuniu ao seu redor, e ele se assentou para ensiná-lo.
3 Os mestres da lei e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher surpreendida em adultério. Fizeram-na ficar em pé diante de todos
4 e disseram a Jesus: "Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério.
5 Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E o senhor, que diz? "
6 Eles estavam usando essa pergunta como armadilha, a fim de terem uma base para acusá-lo. Mas Jesus inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo.
7 Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse: "Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela".
8 Inclinou-se novamente e continuou escrevendo no chão.
9 Os que o ouviram foram saindo, um de cada vez, começando com os mais velhos. Jesus ficou só, com a mulher em pé diante dele.
10 Então Jesus pôs-se de pé e perguntou-lhe: "Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou? "
11 "Ninguém, Senhor", disse ela. Declarou Jesus: "Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado".
Explicação
Jo 7:53—8:1-11
É possível que essa história não pertencesse originalmente a João. Não consta na maioria dos manuscritos mais antigos, e alguns deles às vezes a situam em outro lugar (e.g., depois de Lc 21:38). É bem possível, porém, que a história seja digna de confiança.
Jo 8:3
uma mulher surpreendida em adultério. Esse pecado não pode ser cometido sozinho, de modo que surge a pergunta: “Por que só um dos culpados foi trazido?”. O episódio foi montado como armadilha para Jesus (v. 6), e se tomaram providências para deixar escapar o homem envolvido. Os acusadores da mulher devem ter tido muita vontade de humilhá-la, pois de outra forma a teriam mantido sob custódia enquanto conversavam com Jesus.
Jo 8:4
surpreendida em ato. Circunstâncias comprometedoras não bastavam como prova, pois a lei judaica exigia testemunhas que tivessem visto o ato.
Jo 8:5
apedrejar tais mulheres. Alteraram um pouco a lei. O modo da execução só estava preceituado para a mulher virgem já noiva (Dt 22:23-24). A lei ainda exigia a execução das duas partes (Lv 20:10; Dt 22:22), não somente da mulher.
Jo 8:6
usando essa pergunta como armadilha. Os romanos não permitiam que os judeus executassem a pena de morte (18:31), de modo que, se Jesus tivesse aconselhado apedrejá-la, poderia ter entrado e conflito com os romanos. Se tivesse aconselhado não apedrejá-la, seria acusado de estar contra a lei de Moisés.
começou a escrever. O que Jesus escreveu no chão é questão de conjectura.
Jo 8:7
seja o primeiro. A resposta de Jesus desarmou-os. Como falou em jogar a pedra, não poderia ser acusado de deixar de sustentar a lei. Mas a restrição para atirá-la deixou todos impedidos de agir.
sem pecado. Expressão bem geral; significa “sem pecado nenhum” e não “sem esse pecado específico”.
Jo 8:9
começaram a ir embora. Porque não estavam “sem pecado” (v. 7).
os mais velhos. Eram os primeiros a reconhecer o que estava em questão. Mas todos os homens ficaram com a consciência ferida, ou com medo, e no fim só ficaram ali Jesus e a mulher.
Jo 8:10
Mulher. Não era um modo severo de tratamento (cf. seu emprego em 19:26).
Jo 8:11
Agora vá e abandone sua vida de pecado. Jesus não apoiou o que a mulher fizera.
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